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Desemprego desce para 5,5%, mas número de inativos aumentou para 14,2%

O INE aponta que a taxa estimada de desemprego nos jovens se tenha fixado em 19,5%, o correspondente a 1,1 p.p em comparação à taxa verificada em abril de 2020.
1 Julho 2020, 12h03

A taxa de desemprego deverá ter diminuído para 5,5% em maio, segundo a estimativa rápida publicada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quarta-feira. Os dados finais do desemprego de abril mostram que a taxa de desemprego se situou em 6,3%, o mesmo valor provisório que o INE já tinha divulgado no início de junho.

O gabinete de estatística nacional aponta que a taxa de desemprego terá caído 0,8 pontos percentuais (p.p.) face ao mês precedente, assumindo menos 0,9 p.p que há três meses e menos 1,1 p.p. que há um ano. Contrariamente à descida desta taxa, o valor da taxa de subutilização do trabalho, que contabiliza pessoas sem emprego mas que não entram na taxa de desemprego, aumentou para 14,2% no mês em análise.

“Entre fevereiro e maio (estimativa provisória), assistiu-se a uma forte redução do emprego de 4,0%. No entanto, essa redução não foi acompanhada por um aumento na taxa de desemprego (definição OIT), tendo até diminuído nesse período (0,9 p.p.)”, refere o relatório do INE.

A população desempregada terá situado-se em 267,9 mil pessoas, uma diminuição de 16%, ou 50,9 mil pessoas, em comparação com o mês anterior, e de 19,2% ou 63,7 mil pessoas, face a três meses antes. Em comparação com o período homólogo de 2019, a população desempregada caiu 21,9%, o equivalente a 75,2 mil pessoas.

O INE aponta que a taxa estimada de desemprego nos jovens se tenha fixado em 19,5%, o correspondente a 1,1 p.p em comparação à taxa verificada em abril de 2020. Assim, a taxa de desemprego dos adultos foi estimada em 4,5% e diminuiu 0,8 p.p. em relação ao mês anterior.

Em maio, a taxa de subtilização do trabalho fixou-se em 14,2%, abrangendo 749,5 mil pessoas, depois de em abril se ter situado em 13,4%, observando um aumento de 0,8 p.p.

A taxa de subutilização do trabalho é um indicador que “inclui a população desempregada, o subemprego de trabalhadores involuntariamente a tempo parcial, os inativos à procura de emprego mas não disponíveis para trabalhar e os inativos disponíveis mas que não procuraram emprego”, explica o INE.

O INE aponta que “dadas as restrições à mobilidade associadas à pandemia, a análise da evolução deste indicador, em complemento à taxa de desemprego oficial (definição OIT), é particularmente relevante para caraterizar a evolução do mercado de trabalho”.

Em maio, a estimativa provisória estima que a população ativa se situava em 4.914,5 mil pessoas, apresentando uma diminuição de 3,1%, o equivalente a 155,8 mil pessoas, face ao mês anterior, 4,9% ou 255,7 mil pessoas face a três meses antes e 5,2% ou 267,8 mil pessoa em comparação ao ano passado.

O INE estima que no mês de maio, a população empregada se tenha fixado em 4.646,6 mil pessoas, verificando um decréscimo de 2,2%, ou 104,9 mil pessoas, em relação ao mês anterior, 4% face a fevereiro e ao período homólogo em análise. Assim, a taxa de emprego situou-se em 59,7%, um valor inferior em 1,4 p.p. ao mês anterior.

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