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Desemprego é “desafio a resolver” em Cabo Verde, admite governante

O secretário de Estado para a Inovação e Formação Profissional cabo-verdiano afirmou que os jovens têm hoje “mais acesso ao crédito”, devido ao “esforço enorme” do executivo que entendeu esse problema dos empresários e empreendedores.
3 Abril 2019, 14h35

O secretário de Estado para a Inovação e Formação Profissional de Cabo Verde considera que o desemprego em Cabo Verde é um “desafio a resolver”, reconhecendo que neste momento “os dados são altos”. “Tenho alguma alergia em referir-me a estes, números, quando um só cabo-verdiano, jovem com vontade de trabalhar e está em casa sem poder exercer a sua atividade profissional”, explicou Carlos Lopes.

O governante fez essas considerações esta terça-feira no encerramento da sessão da “Conversa Aberta “10% empreendedor – como viver o seu sonho de criar uma startup sem deixar o seu emprego”, promovida pela embaixada dos Estados Unidos de América, na Praia, e o Instituto de Apoio e Promoção Empresarial (Pró-Empresa), tendo como orador o escritor Patrick McGinnis.

Pedro Lopes, que desafiou os jovens cabo-verdianos a serem “empreendedores”, revelou que atualmente existem no país 318.300 utilizadores ativos da Internet, o equivale, segundo o mesmo porta-voz, a 57% da população, sendo que a maioria deles “utilizadores do mobile”, ou seja, não precisam de um computador.

Diante de uma plateia constituída na sua maioria por jovens, o secretário de Estado para a Inovação e Formação Profissional afirmou que hoje estes têm “mais acesso ao crédito”, devido ao “esforço enorme” do executivo, que entendeu esse problema da juventude com a escassez de acesso a empréstimos. De acordo com as suas palavras, instituições como a Pró-Empresa, são “parceiro ideal” dos jovens e o canal de comunicação entre estes a banca para “projetos bancáveis”.

Carlos Lopes revelou, por outro lado, a preocupação do governo em levar aos jovens, que estão longe da capital, as informações relativas às oportunidades que se lhes abrem no quadro do empreendedorismo/jovem, tendo para o efeito assinado, recentemente, um acordo com as câmaras municipais para que o financiamento não se faça apenas em relação àqueles que estão na capital. “Queremos chegar a todos os municípios e a todas a ilhas”, assegurou, acrescentando que foi igualmente assinado acordo com a banca no sentido de ajudar os jovens cabo-verdianos a concretizar as suas ideias.

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