O número de desempregados inscritos nos centros de emprego voltou a cair em junho, para 418.189, revelam as estatísticas do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
Tal como já tinha acontecido em maio, o número é o mais baixo desde dezembro de 2008, quando estavam inscritos 416.005 desempregados.
Em junho, o desemprego diminuiu 18,3% quando comparado com o mesmo mês do ano anterior (menos 93,5 mil pessoas) e 3,3% em relação a maio (menos 14,1 mil pessoas).
Em relação a janeiro, o desemprego diminuiu 15,5% (menos 76,5 mil pessoas), evolução que compara com uma redução de 10,3% em igual período de 2016 (menos 58,7 mil pessoas).
O desemprego jovem também voltou a cair. Segundo o IEFP, em junho estavam registados 44,4 mil jovens como desempregados, uma redução homóloga de 24% (menos 14 mil jovens) e uma queda mensal de 6,1% (menos 2,9 mil jovens).
O número de desempregados de longa duração baixou para 212 mil pessoas, menos 14,7% do que no mês homólogo (menos 36,6 mil pessoas) e menos 2,7% em relação ao mês anterior (menos 5,9 mil pessoas).
Para a diminuição do desemprego face ao mês homólogo de 2016, contribuíram todos os grupos do ficheiro de desempregados, com destaque para os homens (-20,5%), os adultos com idades iguais ou superiores a 25 anos (-17,5%), os inscritos há menos de um ano (21,7%), os que procuravam novo emprego (-18,2%) e os que possuem como habilitação escolar o terceiro ciclo do ensino básico (-20,7%).
Face ao mesmo mês do ano passado, o desemprego diminuiu em todas as regiões do país, destacando-se o Algarve e o Alentejo com as descidas mais acentuadas, de 29,6% e de 20,8%, respetivamente. Em relação a maio, destaca-se o Algarve com a descida percentual mais elevada, de 13,2%.
Os setores que registaram uma maior diminuição do desemprego foram a Construção (-28,6%) e a “Fabricação de outros produtos minerais não metálicos” (-28,5%).
Menos inscritos, menos ofertas e colocações
O movimento ao longo do mês de junho (o chamado “fluxo”) mostra que inscreveram-se nos Serviços de Emprego 41.206 desempregados, um decréscimo de 16,7% (menos 8.290 pessoas) face a junho de 2016. Comparando com o mês anterior, o volume de inscrições também foi inferior (-5,4%).
Porém, as ofertas de emprego recebidas ao longo de junho totalizaram 13.680, menos 15,9% em termos homólogos e menos 19,9% face a maio.
As atividades económicas com maior expressão nas ofertas de emprego recebidas ao longo deste mês (dados do Continente) foram as seguintes: “Atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio” (21,7%), “Comércio por grosso e a retalho“ (13,1%) e “Alojamento, restauração e similares” (11,8%).
As colocações realizadas durante o mês de junho totalizaram 8.084 em todo o país, sendo inferiores tanto em comparação com junho de 2016 (-28,2%) como face a maio -8,4%). As colocações concentraram-se nos “trabalhadores não qualificados” (30,4%) e nos “trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção segurança e vendedores” (21,7%).
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