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Despedimentos e proibição de pagamento de dividendos: Merkel impõe condições para ajudar Lufthansa

A companhia aérea liderada por Carsten Spohr anunciou que esta ajuda pública vai chegar com várias condições inerentes ao facto do Estado alemão entrar no capital da Lufthansa. Desde logo, ficarão suspensos os pagamentos de dividendos e serão aplicadas restrições às remunerações dos quadros superiores e Comité de Supervisão.
24 Maio 2020, 10h12

A Lufthansa já negoceia com o Governo alemão os pormenores do resgate de 9 mil milhões de euros. De acordo com a imprensa alemã, parece certo que o Governo liderado por Angela Merkel vai mesmo proceder a uma massiva injeção de liquidez na companhia aérea para evitar a quebra marcada pela ausência de receitas.

A companhia aérea liderada por Carsten Spohr anunciou que esta ajuda pública vai chegar com várias condições inerentes ao facto do Estado alemão entrar no capital da Lufthansa. Desde logo, ficarão suspensos os pagamentos de dividendos e serão aplicadas restrições às remunerações dos quadros superiores e Comité de Supervisão.

“As condições que esperamos referem-se en particular à restrição de futuros pagamentos de dividendos e limites na remuneração da administração”, disse a Lufthansa, que tem em desenvolvimento um plano para reduzir a frota em 100 aviões e eliminar 10 mil empregos devido à crise de procura que se já se faz sentir devido à pandemia de Covid-19.

Outras companhias seguem-se à Lufthansa

Este tipo de acordo não é exclusivo da Lufthansa. Companhias aéreas como o grupo franco-holandês Air France-KLM e as americanas American Airlines, United Airlines e Delta Air Lines também têm estado em negociações com os respetivos governos para possíveis resgates financeiros.

A Lufthansa espera que as condições deste acordo incluam a exclusão de futuros pagamentos de dividendos e limites ao pagamento da administração, sendo que este pacote financeiro deverá ser aprovado pela Comissão Europeia (CE).

A negociação inclui ainda um empréstimo de três mil milhões de euros do banco estatal KfW e um título conversível, que pode ser trocado por uma participação adicional de 5% mais uma ação no caso de um oferta pública de aquisição por terceiros.

A companhia aérea espera que este acordo possa ser concluído brevemente para garantir a sua solvência a longo prazo.

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