O Deutsche Bank está a estudar a criação de uma nova divisão que reúna os ativos e as operações indesejadas do banco, caso a eventual fusão com o Commerzbank falhe, avançaram fontes da instituição à agência noticiosa Efe. Segundo os responsáveis do Deutsche Bank, o planeamento de uma resposta ao insucesso da operação – com este “banco mau”, por exemplo – tornou-se mais urgente, porque as negociações com Commerzbank estão mais complicadas do que estavam à espera no início.
A fonte lembra que, ao longo dos últimos anos, o Deutsche Bank tem vindo a mudar a sua estratégia e os membros do conselho de administração, bem como a prometer revitalizar os ganhos e reduzir os crescentes custos.
No início de 2017, a Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla inglesa) sugeriu que a União Europeia deveria criar uma entidade de gestão de ativos com recursos públicos que ficasse com uma parte do crédito malparado dos bancos: uma espécie de “banco mau” europeu. Meses depois, em entrevista a um jornal alemão “Handelsblatt”, o António Costa negou que Portugal precisasse de um “banco mau” e garantiu que o executivo estava a trabalhar com o Banco de Portugal para estabilizar a banca nacional.
Nessa altura, o economista italiano e chairman da EBA, Andrea Enria, explicou como é que os bancos poderiam vender parte do seu crédito malparado a esta empresa de gestão de ativos “pan-europeia”. Segundo o plano, os créditos seriam avaliados de acordo com o seu “valor económico real” (nominal) em vez do de mercado, e essa tal empresa teria cerca de três anos para vender esses créditos.
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