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“Devastámos o programa nuclear iraniano”, afirma secretário da Defesa dos EUA

Pete Hegseth, secretário da Defesa dos Estados Unidos, afirmou, este domingo, que todos os envolvidos na operação “atuaram sem falhas”, que os ataques demoraram meses e que estavam prontos há vários dias, aguardando apenas a ordem do Presidente Donald Trump.
22 Junho 2025, 15h46

O secretário da Defesa dos Estados Unidos afirmou este domingo que os ataques devastaram o programa nuclear iraniano e representaram um “êxito esmagador”, numa operação que resultou de meses de preparação e que não visou tropas ou população do Irão.

Em conferência de imprensa no Pentágono, em Washington, Pete Hegseth disse que todos os envolvidos na operação “atuaram sem falhas”, que os ataques demoraram meses e que estavam prontos há vários dias, aguardando apenas a ordem do Presidente Donald Trump.

“A ordem recebida foi concentrada, poderosa e clara. Devastámos o programa nuclear iraniano. É de reparar que a operação não teve como alvo as forças armadas ou a população”, frisou Pete Hegseth.

“A operação planeada pelo Presidente Trump foi ousada e brilhante, mostrando ao mundo que a dissuasão americana está de volta. Quando este Presidente fala, o mundo deve ouvir”, vincou Hegseth.

O responsável sublinhou também que os EUA estão a enviar mensagens às autoridades iranianas após os ataque: “Só posso confirmar que há mensagens públicas e privadas a ser entregues diretamente aos iranianos por vários canais, dando-lhes todas as oportunidades de se sentarem à mesa [de negociações]”.

O secretário da Defesa dos Estados Unidos afirmou ainda que o Congresso apenas foi notificado da operação no momento em que as aeronaves norte-americanas saíram em segurança do espaço aéreo iraniano.

Também presente na conferência de imprensa para explicar o ataque surpresa, o chefe do Estado-Maior do Exército dos Estados Unidos, Dan Cainem, disse que foi um “operação complexa e de risco elevado”, adiantando que o objetivo foi atingir de forma cirúrgica o regime nuclear iraniano.

“Foi tudo feito com o mínimo de comunicações. É este tipo de integração que as nossas forças conseguem melhor do que ninguém no mundo”, salientou o general Dean Caine, depois de enumerar os vários aviões e equipamentos recrutados para esta missão, denominada Operation Midnight Hammer (Operação Martelo da Meia-Noite),

O general adiantou que não tem conhecimento da existência de tiros disparados contra as forças norte-americanas, uma prova do secretismo e sigilo da operação.

“Depois dos ataques, a força saiu do espaço aéreo iraniano. Não temos conhecimento de tiros disparados no regresso. Os jactos iranianos não voaram e parece que o sistema de mísseis não nos viu. Ao longo da operação, mantivemos o elemento surpresa”, sustentou.

Os Estados Unidos entraram no sábado na guerra de Israel contra o Irão, bombardeando as três principais instalações envolvidas no programa nuclear iraniano, enquanto o Presidente Donald Trump ameaçou o regime de Teerão com mais ataques se “a paz não chegar rapidamente”.

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