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DGComp impediu Ramalho de prometer flexibilizar o plano acordado em 2017

O presidente do Novo Banco, António Ramalho, revelou ainda que Bruxelas não lhe permite qualquer flexibilidade para alterar os objetivos acordados no plano de negociação.
15 Setembro 2020, 21h14

António Ramalho disse esta terça-feira aos deputados que poucas pessoas têm noção da preocupação que existia na Comissão Europeia com o caso do Novo Banco e da pouca margem de manobra que as autoridades portuguesas tiveram, designadamente na venda.

A venda do Novo Banco em 2017 ajudou à descida dos juros soberanos. “Era importante fazer esta venda e conseguiu-se o acordo possível”, disse António Ramalho que realçou a importância para o Governo da venda do banco ao Lone Star. “A operação de venda baixou ou juros da república de 4% para 1,9% no fim de 2017”, revelou o CEO do Novo Banco.

O presidente do Novo Banco, António Ramalho, revelou ainda que Bruxelas não lhe permite qualquer flexibilidade para alterar os objetivos acordados no plano de negociação.

“Antes de chegar aqui, recebi da minha chefe de gabinete a informação que a DGComp (Concorrência europeia) tinha telefonado a dizer que eu, em nenhum momento, deveria dizer que tinha flexibilidade para mudar um único objetivo que fosse” do plano negociado em 2017 com o Estado português.

“O cumprimento dos objetivos foi quase integral, cumprimos 32 dos 33 compromissos, o 33º prende-se com a venda de um ativo de seguros não vida”, revelou António Ramalho, presidente executivo da instituição financeira, na Comissão de Orçamento e Finanças (COF).

O banco tem o compromisso de acabar a reestruturação em 2021, ano em que deverá começar a ter resultados positivos.

Para limpar o balanço foi acordado um mecanismo de capitalização contingente de 3,89 mil milhões de euros, dos quais já só restam 912 milhões.

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