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Governo disse que “arraiais estão expressamente proibidos”. DGS diz que “esplanadas podem ter um grelhador e umas belas sardinhas”

A ministra Mariana Vieira da Silva declarou que as “festas populares e arraiais estão expressamente proibidos”. Por sua vez, a diretora-geral da Saúde disse hoje que “nada impede que haja uma esplanada e que essa esplanada tenha música e que essa música seja acompanhada de um grelhador e de umas belas sardinhas”.
  • Miguel A. Lopes/Pool/Lusa
11 Junho 2020, 14h36

A diretora Geral de Saúde Graça Freitas disse que as esplanadas podiam ter um grelhador para a celebração do Santo António desde que cumpram as regras de distanciamento social.

“Temos dito isso sempre, nada impede que haja uma esplanada e que essa esplanada tenha música e que essa música seja acompanhada de um grelhador e de umas belas sardinhas desde que se cumpram as regras de distanciamento. É uma nova normalidade, as coisas podem fazer-se, mas podem fazer-se com regras, cabe a cada um de nós cumprir essas regras”, afirmou Graça Freitas durante a conferência de imprensa diária sobre a situação epidemiológica da covid-19.

Na quarta-feira, a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, veio a público declarar que as “festas populares e arraiais estão expressamente proibidos”, conforme aprovado em Conselho de Ministros. A ministra invocou as “regras de distanciamento social” para que não hajam festas durante este período, durante a sua participação na habitual conferência de imprensa diária das autoridades de saúde que teve lugar ontem.

“A ideia de que nos podemos relacionar normalmente sem garantir o distanciamento físico, estando em festas em que nem sequer conhecemos todas as pessoas que lá estão é uma ideia errada que importa combater”, disse a ministra na quarta-feira, citada pela Lusa.

Esta semana a Câmara Municipal de Lisboa anunciou a proibição no espaço público de “novo mobiliário urbano como cadeiras, mesas e equipamentos de confeção de alimentos, como grelhadores ou fogareiros”. As restrições estão impostas entre 10 de junho e 14 de junho, em Lisboa. A autarquia proibiu também a “expansão da área de esplanada”.

A capital vai ter também mil polícias na rua para garantir que as restrições vão ser cumpridas pelos estabelecimentos e populares durante o período de celebração do Santo António, cujo feriado tem lugar no dia 13 de junho, próximo sábado.

Graça Freitas acrescentou ainda que “há esplanadas ótimas que estão com muitas pessoas em que tudo está ordenado, tudo está cumprido, o risco é mínimo e depois há outras situações que de facto as pessoas se juntam demasiado”.

“Um café pode ter uma esplanada, uma esplanada pode ter um grelhador, o grelhador pode ter sardinhas. Isso não impede as pessoas todas  que observem essas regras para um arraial diferente do ano passado”, afirmou esta quinta-feira.

Durante o período em que vigoram as regras, “as lojas de conveniência fecham “às 16h00 para só abrir às 8h00 do dia seguinte”, a venda de bebidas alcoólicas, das estações de serviço da cidade, “está proibida a partir das 16h00 até às 10h00 do dia seguinte. Os cafés, pastelarias fecham às 19h00 e só reabrem às 8h00 do dia seguinte. Quanto aos restaurantes, fecham o mais tardar às zero horas e só podem abrir às 8h00 de dia 13 de junho. No grupo de estabelecimentos que não podem permitir a entrada de clientes a partir das 23h00 e que encerram à meia noite estão as Casas de Fado”.

 

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