Em plena época de resultados, as bolsas europeias registaram um sentimento indefinido na terça-feira, entre o disparo da Rheinmetall e o tombo da Schneider Electric. Os investidores parecem ainda na expetativa por aquilo que a época de resultados pode trazer e, nesse sentido, a sessão que se segue pode ser decisiva.
Por cá, o índice PSI adiantou-se 1,37% e alcançou os 6.967 pontos, em função de subidas em quase todas as cotadas. Foram destaque as valorizações de 2,24% no BCP, cujas ações alcançaram os 0,5742 euros, e de 2,34% no caso da EDP, até aos 3,448 euros.
Acrescem ganhos de 2,64% nos títulos da REN, que assim alcançaram os 2,915 euros, o que significa um valor máximo num período de quase três anos, desde o verão de 2022. Ao mesmo tempo, a Mota-Engil registou um incremento de 2,80% para 3,528 euros, ao passo que os CTT somaram 1,99% e a cotação de mercado atingiu os 7,69 euros por ação.
Em sentido oposto surgiu apenas a NOS, com uma descida na ordem de 0,27%, até aos 3,67 euros.
No exterior, o dia ficou marcado por um sentimento misto, em função sobretudo de contas do primeiro trimestre, apresentadas por determinadas empresas. A Rheinmetall, empresa alemã que opera no setor da defesa, voltou a disparar, desta vez na ordem de 8,51%. A variação alavancou para cerca de 136% a subida total desde o início de 2025, sobretudo em função da maior aposta prometida pela UE no setor.
Por outro lado, a Schneider Electric, cotada na bolsa de Paris, caiu 6,38%, depois de os resultados terem deixado os mercados desiludidos, de tal forma que a cotação de mercado já caiu perto de 15,5% desde a primeira sessão deste ano. Em causa está um volume de receitas que aumentou menos do que o esperado, ao mesmo tempo que a previsão assinalada para o futuro ficou aquém das expetativas.
Registaram-se subidas de 1,08% em Itália, 0,80% na Alemanha e 0,60% no Reino Unido. As descidas tiveram lugar em Espanha e França, nos 0,67% e 0,24%, respetivamente. Ao mesmo tempo, o índice agregado Euro Stoxx 50 contraiu 0,15%.
Esta terça-feira, o destaque em termos macro vai para os dados referentes ao PIB da Alemanha no primeiro trimestre, na sequência de dois anos consecutivos em queda. O quarto trimestre do ano passado foi palco de uma contração de 0,2% e os analistas receiam uma nova queda referente ao período compreendido entre janeiro e março de 2025.
Segue-se o PIB da maior economia do mundo. Os EUA enfrentam grandes receios no plano macroeconómico, pelo menos a curto prazo, pelo que os mercados apontam para uma forte desaceleração do crescimento económico no primeiro trimestre, na sequência de uma subida na ordem de 2,4% no quarto trimestre do último ano.
No plano empresarial, prossegue a época de resultados e os investidores vão reagir às contas de gigantes como a Visa e a Booking, apresentadas na véspera, após o encerramento de Wall Street. O dia será particularmente importante no que diz respeito às tecnologias. A Microsoft e a Meta vão apresentar os resultados do primeiro trimestre, assim como acontece com a Qualcomm, todas elas após o fecho da bolsa de Nova Iorque.
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