Diamante negro com mil milhões de anos foi vendido por 3,16 milhões de libras mas pago em criptomoedas

Chamado “The Enigma” (O Enigma, em português), o diamante negro com mil milhões de anos, que se acredita ser o maior diamante lapidado do mundo, foi vendido na quarta-feira por 3,161 milhões de libras (cerca de 3,8 milhões de euros), e o comprador escolheu pagar em criptomoedas, de acordo com a Sotheby’s.

Em janeiro, a “Reuters” estimou que a gema de 555,55 quilates deveria ser vendida entre o equivalente a 3,5 milhões de euros e os 6,1  milhões.

Segundo a “BBC”, a Sotheby’s não identificou o comprador, mas o empresário de criptomoedas Richard Heart anunciou no Twitter que o Enigma tinha sido adquirido por ele.

“Ganhei o maior diamante lapidado do mundo para a nossa herança cultural #HEXican! Será renomeado como HEX.com”, em referência à plataforma blockchain que fundou, disse o americano aos mais de 180 mil seguidores.

Há teorias concorrentes sobre a joia também conhecida como diamante carbonado. E possível que tenha vindo do espaço, segundo a “Reuters”, eventualmente trazida por um asteroide para a terra.

“Os diamantes negros estão envoltos em mistério quanto à origem ou formação porque não há muitos deles encontrados na Terra”, disse o geólogo Aaron Celestian à agência.

Celestian disse ainda que a maioria dos carbonados tem cerca de 2,6 a 3,2  mil milhões de anos. Como a própria origem da Terra remonta há 4,65 mil milhões de anos, os diamantes deste tipo foram formados quando as placas tectónicas ainda estavam em movimento e a oxigenação da atmosfera a ocorrer, esclareceu.