[weglot_switcher]

Dívida pública sobe pelo terceiro mês seguido e está em máximos de setembro de 2023

O indicador subiu mais de 2 mil milhões de euros em fevereiro, chegando a 277,2 mil milhões de euros, um novo máximo desde setembro de 2023. Esta evolução refletiu sobretudo o acréscimo dos títulos de dívida, que representaram 2,5 mil milhões de euros, e dos certificados de aforro, que chegaram a 0,6 mil milhões de euros, detalha o banco central.
créditos ao consumo Banco de Portugal garantia pública
1 Abril 2025, 11h45

A dívida pública voltou a subir em fevereiro, marcando assim o terceiro mês seguido de subidas em termos absolutos, isto apesar do recuo em função do PIB no final do ano passado. Segundo os dados do Banco de Portugal (BdP), o stock de dívida cresceu 2,9 mil milhões de euros em fevereiro, sobretudo fruto de uma subida nos títulos de dívida.

O stock de dívida do Estado subiu assim para 277,2 mil milhões de euros, um novo máximo desde setembro de 2023, de acordo com os dados divulgados pelo BdP esta terça-feira. Esta evolução refletiu sobretudo o acréscimo dos títulos de dívida, que representaram 2,5 mil milhões de euros, e dos certificados de aforro, que chegaram a 0,6 mil milhões de euros, detalha o banco central.

É o terceiro mês consecutivo de subidas do montante em dívida do Estado, que chegou a um mínimo de 269,2 mil milhões de euros em novembro, antes do atual ciclo de aumentos. Recorde-se que 2024 fechou com um rácio de dívida de 94,9%, de acordo com os dados divulgados pelo INE na passada semana, o que representa o quarto ano seguido de descidas após o disparo causado pela pandemia.

A nota do BdP informa ainda que “os ativos em depósitos das administrações públicas totalizaram 17,5 mil milhões de euros, o que corresponde a uma redução de 0,1 mil milhões de euros relativamente a janeiro”, pelo que, “deduzida desses depósitos, a dívida pública subiu 3,0 mil milhões de euros, para 259,7 mil milhões de euros”.

Para este ano, a expectativa é que o rácio de dívida continue a descer, com o Governo a apontar a uma leitura de 93,3% no final de 2025. Entre as instituições internacionais, Bruxelas antecipa 92,9%, a OCDE espera 92,2% e o FMI é ainda mais otimista, com uma previsão de 89,8%.

[notícia atualizada às 11h54]

RELACIONADO
Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.