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Divisão da holding de luxo LVMH vai cortar 10% da sua força de trabalho

Um porta-voz da Moët Hennessy confirmou, ao Financial Times, que o negócio de vinhos e bebidas da LVMH, de facto regressou aos níveis de 2019, pelo que a organização será forçada a se ajustar a esta realidade fazendo regressar os níveis de staff aos valores de 2019, sendo que numa primeira fase isso será feito pela gestão do turnover natural (saída de pessoas) e por não se preencher vagas em aberto”.
LVMH Louis Vuitton
FILE PHOTO: A logo of LVMH is seen at its exhibition space, at the Viva Technology conference dedicated to innovation and startups at Porte de Versailles exhibition center in Paris, France June 15, 2022. REUTERS/Benoit Tessier
2 Maio 2025, 09h20

A divisão de vinhos e bebidas da LVMH, a Moët Hennessy, vai cortar 10% da sua força de trabalhou avançou, na quinta-feira, o Financial Times, levando a que a divisão regressa-se aos postos de trabalho que tinha em 2019. Refira-se que desde o início do ano as ações do grupo já caíram 23,1%.

Nas contas do Financial Times, citando o responsável pela divisão de vinhos e bebidas da empresa, Jean-Jacques Guiony, a divisão iria ser encolhida em 1.200 pessoas face ao atual total de 9.400 pessoas.

Jean-Jacques Guiony acrescentou que as receitas da divisão se encontram nos níveis de 2019 embora os custos tenham tido um incremento de 35% face a essa altura.

O Financial Times adianta que estas reduções na divisão de vinhos e bebidas da LVMH incluía também a deslocação de algum do staff para outras vagas disponíveis dentro da empresa.

Um porta-voz da Moët Hennessy confirmou, ao Financial Times, que o negócio de vinhos e bebidas da LVMH, de facto regressou aos níveis de 2019, pelo que a organização será forçada a se ajustar a esta realidade fazendo regressar os níveis de staff aos valores de 2019, sendo que numa primeira fase isso será feito pela gestão do turnover natural (saída de pessoas) e por não se preencher vagas em aberto”.

O chefe executivo e chairman da LVMH, Alexandre Arnault, referindo-se às quebras nas vendas da empresa, que desceram 3% no grupo no primeiro trimestre deste ano, salientou que a atual crise é “única” porque todas as principais divisões da organização estão a ter dificuldades.

No primeiro trimestre deste ano a divisão de vinhos e bebidas teve uma quebra de 9% nas vendas. Já a área da moda teve uma descida de 5%, e a de perfumes e cosmética acumulou perdas de 1%. A divisão de relógios e joalheria teve as suas vendas inalteradas face ao ano anterior, enquanto que no chamado retalho seletivo se verificou um decréscimo de 1%.

“Usualmente na LVMH quando a divisão de vinhos e bebidas não está a ir tão bem, a parte da moda está bem ou então as coisas estão a correr bem noutra divisão. Mas atualmente as coisas não estão a correr muito bem [em termos globais]”, disse Alexandre Arnault, citado pelo Financial Times.

O Financial Times adianta também que as contratações para a divisão de vinhos e bebidas da LVMH têm estado congeladas desde o segundo semestre de 2023, e os responsáveis pela divisão tinham também planos de cortar postos de trabalho em 2024. A mesma publicação teve acesso a comunicações da organização, onde se refere que cerca de 70 de um objetivo de 100 pessoas foram dispensadas no mercado chinês em 2025. O jornal adianta também que Jean-Jacques Guiony referiu que a questão das tarifas adicionou uma nova camada de complexidade sobre esta situação.

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