A divisão de vinhos e bebidas da LVMH, a Moët Hennessy, vai cortar 10% da sua força de trabalhou avançou, na quinta-feira, o Financial Times, levando a que a divisão regressa-se aos postos de trabalho que tinha em 2019. Refira-se que desde o início do ano as ações do grupo já caíram 23,1%.
Nas contas do Financial Times, citando o responsável pela divisão de vinhos e bebidas da empresa, Jean-Jacques Guiony, a divisão iria ser encolhida em 1.200 pessoas face ao atual total de 9.400 pessoas.
Jean-Jacques Guiony acrescentou que as receitas da divisão se encontram nos níveis de 2019 embora os custos tenham tido um incremento de 35% face a essa altura.
O Financial Times adianta que estas reduções na divisão de vinhos e bebidas da LVMH incluía também a deslocação de algum do staff para outras vagas disponíveis dentro da empresa.
Um porta-voz da Moët Hennessy confirmou, ao Financial Times, que o negócio de vinhos e bebidas da LVMH, de facto regressou aos níveis de 2019, pelo que a organização será forçada a se ajustar a esta realidade fazendo regressar os níveis de staff aos valores de 2019, sendo que numa primeira fase isso será feito pela gestão do turnover natural (saída de pessoas) e por não se preencher vagas em aberto”.
O chefe executivo e chairman da LVMH, Alexandre Arnault, referindo-se às quebras nas vendas da empresa, que desceram 3% no grupo no primeiro trimestre deste ano, salientou que a atual crise é “única” porque todas as principais divisões da organização estão a ter dificuldades.
No primeiro trimestre deste ano a divisão de vinhos e bebidas teve uma quebra de 9% nas vendas. Já a área da moda teve uma descida de 5%, e a de perfumes e cosmética acumulou perdas de 1%. A divisão de relógios e joalheria teve as suas vendas inalteradas face ao ano anterior, enquanto que no chamado retalho seletivo se verificou um decréscimo de 1%.
“Usualmente na LVMH quando a divisão de vinhos e bebidas não está a ir tão bem, a parte da moda está bem ou então as coisas estão a correr bem noutra divisão. Mas atualmente as coisas não estão a correr muito bem [em termos globais]”, disse Alexandre Arnault, citado pelo Financial Times.
O Financial Times adianta também que as contratações para a divisão de vinhos e bebidas da LVMH têm estado congeladas desde o segundo semestre de 2023, e os responsáveis pela divisão tinham também planos de cortar postos de trabalho em 2024. A mesma publicação teve acesso a comunicações da organização, onde se refere que cerca de 70 de um objetivo de 100 pessoas foram dispensadas no mercado chinês em 2025. O jornal adianta também que Jean-Jacques Guiony referiu que a questão das tarifas adicionou uma nova camada de complexidade sobre esta situação.
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