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Dólar deverá ganhar estabilidade se o partido de Trump perder o Senado

A ‘fintech’ de câmbio Ebury definiu a reação esperada da moeda norte-americana aos três resultados possíveis das eleições intercalares que se realizam esta terça-feira nos EUA.
5 Novembro 2018, 18h18

O dólar norte-americana tem sido movido pelas políticas governamentais tanto como pela política monetária da Reserva Federal norte-americana desde que Donald Trump chegou à Casa Branca, em janeiro de 2017, segundo a Ebury. Neste sentido, a fintech definiu a reação esperada da moeda aos três resultados possíveis das eleições intercalares que se realizam esta terça-feira nos EUA.

“A promessa do presidente Trump de uma nova ronda de cortes nos impostos após as eleições intercalares de novembro, que deverá incluir uma redução de 10% nos impostos aos rendimentos da classe média, significa que o resultado das eleições tem uma importância adicional no que diz respeito ao mercado de câmbio”, afirmou o analista de estratégia da Ebury, Matthew Ryan, num relatório de antevisão da votação.

O partido republicano tem atualmente o controlo tanto da Câmara de Representantes como do Senado, as duas câmaras legislativas que compõem o Congresso norte-americanao. “Apesar de deverem manter o controlo do Senado, parece agora cada vez mais provável que percam o controlo sobre a Câmara de Representantes”, referiu.

As sondagens que antecederam as eleições foram relativamente próximas, com a última – do YouGov – a atribuir aos republicanos de Trump uma participação de 43% dos votos em comparação com 47% dos democratas. No entanto, o site PredictionIt coloca cerca de 70% de hipótese de os democratas triunfarem na votação da Câmara e 90% de os republicanos manterem o domínio do Senado.

Face a estas estimativas, a Ebury definiu o impacto esperado dos três cenários, a começar por uma divisão do Congresso. “Este é o mais provável dos três resultados. Um Congresso dividido, no qual os democratas assumem o controlo da Câmara de Representantes dos EUA e os republicanos mantêm o Senado, é amplamente precificado e, portanto, provavelmente seria um resultado relativamente neutro para o dólar norte-americano”, afirmou Ryan.

No entanto, alerta que “Trump teria grande dificuldade em impor medidas adicionais de estímulo fiscal e gastos com infraestrutura que, de outra forma, poderiam fornecer um impulso adicional à atividade económica dos EUA”.

No caso improvável de os Democratas conseguirem o controlo de todo o Congresso, a fintech antecipa que iria resultar num sell-off da moeda. Em sentido contrário, se os Republicanos mantivessem ambas as câmaras, a hipótese de Trump implementar mais reformas nos impostos e maior desregulamentação poderia levar a um rally e a um impacto positivo para o dólar, mas que poderia, no entanto, penalizar as economias dos mercados emergentes.

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