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Dona do ChatGPT quer abrir capital e ser empresa com lucros

A empresa sem fins lucrativos quer abrir o seu capital, dando algum capital próprio a Sam Altman. Mudanças terão provocado alguma agitação, com três executivos a abandonar funções.
OpenAI Sam Altman ChatGPT
FILE PHOTO: OpenAI CEO Sam Altman testifies before a Senate Judiciary Privacy, Technology & the Law Subcommittee hearing titled ‘Oversight of A.I.: Rules for Artificial Intelligence’ on Capitol Hill in Washington, U.S., May 16, 2023. REUTERS/Elizabeth Frantz
26 Setembro 2024, 08h06

A OpenAI, mais conhecida por ser a dona do ChatGPT, está a trabalhar num plano para reestruturar todo o seu negócio. O objetivo, conta a “Reuters” é ser uma organização com fins lucrativos, deixando de ser controlada pelo conselho de administração enquanto uma empresa sem fins lucrativos.

O que isto quer dizer? A empresa quer abrir-se ao mercado e começar a fazer dinheiro, apresentando lucros, colocando a situação de forma mais simples. Esta abertura fará com que a organização se torne mais atraente para os investidores.

Ainda assim, fontes familiarizadas com o tema dizem à “Reuters” que a companhia sem fins lucrativos vai continuar a existir, procurando ter uma participação minoritária na empresa que quer apresentar lucros.

No entanto, esta mudança e separação pode ter implicações na forma como a empresa liderada por Sam Altman, considerado o pai do ChatGPT, vai gerir os risco de Inteligência Artificial (IA) numa nova estrutura empresarial. Isto porque os movimentos da empresa deverão ficar centrados no lucro como objetivo final, enquanto o dever do conselho de administração da OpenAI sem fins lucrativos é “para com a humanidade e não os investidores”.

A “Reuters” adianta ainda que Sam Altman, como CEO e fundador, poderá receber capital próprio na empresa pela primeira vez, que poderá ser avaliada em 150 mil milhões de dólares após a separação dos poderes. No entanto, a empresa tem de remover o limite no retorno dos investidores.

Executivos abandonam dona do ChatGPT

Todas estas mudanças acontecem numa altura em que a OpenAI procura mais investimento, com o objetivo de se tornar a empresa mais valiosa de base com IA. No entanto, há pessoas a abandonar o barco.

A diretora de tecnologia, Mira Murati, anunciou a saída da empresa esta quarta-feira. Murati chegou a CEO interina quando Sam Altman foi despedido da empresa por breves dias.

Tudo indica que a responsável pela tecnologia se mantenha a trabalhar na organização enquanto negoceia a saída da empresa, isto após seis anos e meio a fazer parte da empresa que criou o ChatGPT.

Também o vice-presidente de investigação, Barret Zoph, e o responsável pelo gabinete de investigação, Bob McGrew, anunciaram a sua saída da empresa através da rede social X.

Para já não se sabe se estas saídas vão fazer com que estas mudanças voltem à estaca zero, embora a publicação invoque uma cláusula de retirada por parte dos investidores caso estes encontrem algo que signifique um impacto negativo para a companhia.
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