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Dona do Facebook introduz ‘contas jovens’ no Instagram para proteger menores

O Instagram vai sofrer alterações no que refere à criação de contas por parte dos adolescentes, reforçando o controlo parental da rede social. Medida por vir a pressionar outras plataformas digitais para aplicar o mesmo bloqueio.
Instagram Facebook
6 – Mark Zuckerberg (128 mil milhões de dólares)
17 Setembro 2024, 16h36

Os jovens vivem cada vez mais para as redes sociais, estando permanentemente ligados cada vez em idades mais tenras. Por esta questão, e em resposta à proteção dos menores de idade (abaixo dos 16 anos) e privacidade, a Meta Platforms vai introduzir ‘contas jovens’ no Instagram.

Estas contas vão permitir um maior controlo parental de todas as atividades feitas pelos jovens na rede social, nomeadamente permitir o bloqueio do uso da aplicação durante horas noturnas, além de muitas configurações só poderem ser autorizadas com a permissão dos pais.

Trata-se de uma mudança radical da privacidade e segurança de todos os adolescentes. Desta forma, milhões de utilizadores do Instagram com menos de 16 anos vão ver as suas contas serem privadas por padrão.

As alterações a serem introduzidas no mercado chegam uma semana depois da Austrália propor a restrição do acesso de crianças a plataformas sociais, nomeadamente Instagram e TikTok. No entanto, este bloqueio só chegará, por agora, a novos utilizadores, com a configuração a ser estendida às contas já existentes com a passagem do tempo.

O controlo parental vai estender-se ainda à definição de limites diários do uso da aplicação, cerca de uma hora, ver com que contas são trocadas mensagens e ainda visualizar as categorias de conteúdo a que as crianças estão sujeitas e visualizam. O objetivo, com estas mudanças, é evitar que adultos enviem mensagens a adolescentes quando não os seguem.

Apesar dos planos australianos para chegar a uma legislação, a Meta vai aplicar estas restrições a escala mundial, ou seja, Estados Unidos, Reino Unido, União Europeia e Austrália.

A diretora de segurança da Meta sustenta que a introdução desta medida chega depois dos pais serem ouvidos, e não sendo motivada por legislação ou proposta governamental. “A tecnologia, neste momento, é praticamente omnipresente, e os pais estão a pensar sobre isso. Da perspetiva da segurança dos jovens, realmente faz sentido pensar sobre este tipo de coisas a nível global e abordar as preocupações parentais a nível global”, apontou Antigone Davis ao “The Guardian”.

Já Naomi Gleit, responsável pela área de produto da Meta, explica à “Platformer” que os pais estão preocupados com três áreas: “quem entra em contacto com os filhos, qual o conteúdo que os filhos estão a ver; quanto tempo as crianças gastam em conteúdos online”

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