Donald Trump apoia oferta japonesa pela gigante norte-americana US Steel

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressou publicamente apoio à Nippon Steel em relação à oferta de 14,9 mil milhões de dólares pela US Steel, dizendo que a “parceria planeada” criará empregos e ajudará a economia americana. As ações da US Steel subiram de imediato 21%, já que os investidores interpretaram a publicação de Trump nas redes sociais como uma indicação de que a Nippon Steel teria recebido a aprovação da Casa Branca para a aquisição há muito planeada. A oposição da administração é o último grande obstáculo para o acordo. Recorde-se que a administração anterior, liderada pelo democrata Joe Biden, apresentava sérias dúvidas face ao negócio.

“Esta será uma parceria planeada entre a United States Steel e a Nippon Steel, que criará pelo menos 70 mil empregos e adicionará 14 mil milhões de dólares à economia dos Estados Unidos”, escreveu Trump. Esta semana, a Reuters informou que a Nippon Steel disse que, se a fusão for aprovada, investirá 14 mil milhões nas operações da US Steel, incluindo até quatro mil milhões bilhões numa nova siderúrgica.

Trump acrescentou que a maior parte desse investimento ocorrerá nos próximos 14 meses e afirmou que visitará a US Steel, em Pittsburgh, na próxima sexta-feira. “A US Steel continuará americana e cresceremos mais e mais fortes por meio de uma parceria com a Nippon Steel, que traz grandes investimentos, novas tecnologias e milhares de empregos”, disse a empresa em um comunicado.

A Nippon Steel também aplaudiu a decisão de Trump. “A parceria é um divisor de águas — para a US Steel e todos os seus stakeholders, incluindo a indústria siderúrgica americana e a base industrial americana em geral”, afirmou a empresa japonesa em comunicado este sábado. De qualquer modo, um porta-voz da Nippon Steel em Tóquio recusou comentar o investimento de 14 mil milhões.

Para a maior siderúrgica do Japão, recorda a Reuters, o acordo é essencial para sua estratégia de expansão global, elevando a produção de 63 milhões de toneladas para 86 milhões de toneladas métricas atualmente, especialmente em um momento em que a demanda interna está em declínio. A fusão criaria o terceiro maior produtor de aço do mundo em volume, depois do Baowu Steel Group (da China) e da ArcelorMittal (sediada em Luxemburgo).