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Donald Trump diz que ataque turco contra curdos foi “uma má ideia”

O Presidente dos EUA, Donald Trump, disse esta quarta-feira que a ofensiva militar no norte da Síria contra as milícias curdas foi “uma má ideia”, e que não a apoia, acrescentando que nenhum soldado norte-americano estava na zona atacada.
9 Outubro 2019, 21h35

A Turquia bombardeou hoje localidades do norte da Síria, matando pelo menos dois civis, depois de o Presidente turco, Recep Erdogan, ter anunciado o início de uma nova operação militar contra a milícia curda das Unidades de Proteção Popular (YPG), apoiada pelos países ocidentais, mas considerada terrorista por Ancara.

No domingo, o Presidente dos Estados Unidos anunciara que não iria obstaculizar uma operação turca contra as milícias curdas, no norte da Síria, dizendo que retiraria o seu contingente militar de várias zonas deste país, numa decisão muito contestada, mesmo pelos mais próximos apoiantes de Donald Trump.

Hoje, Trump condenou a ofensiva militar contra as milícias curdas, que foram aliadas dos EUA na luta contra o grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico, lembrando que a Turquia é membro da NATO.

“Esta manhã, a Turquia, membro da NATO invadiu a Síria. Os Estados Unidos não apoiam este ataque e deixaram claro à Turquia que esta operação foi uma má ideia”, escreveu o Presidente norte-americano num comunicado hoje divulgado.

O Presidente acrescentou que nenhum soldado dos EUA estava presente na área que foi atacada pelo exército turco.

Horas antes, através da sua conta pessoal na rede social Twitter, Trump tinha dito que não quer os EUA envolvidos em “guerras sem fim e sem sentido”, dizendo que o envolvimento militar no Médio Oriente foi “a pior decisão tomada na história dos Estados Unidos”.

Na sua mensagem, o Presidente dos EUA disse querer que a Turquia assuma o compromisso de proteger civis e minorias religiosas, incluindo cristãos, e garantir que a invasão não provoca uma crise humanitária.

Trump diz que a Turquia também deve garantir o cativeiro de cerca de 12 mil combatentes do grupo extremista Estado Islâmico neste momento ao cuidado das milícias curdas, que até agora foram apoiadas pelos Estados Unidos.

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