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Donald Trump retira Estados Unidos do tratado de armas da ONU

Esta decisão foi apoiada pela Associação Nacional de Armas dos EUA, que juntamente com outros grupos conservadores se opôs ao acordo assinado em 2013, então na presidência de Barack Obama.
27 Abril 2019, 10h32

O presidente dos Estado Unidos, Donald Trump, anunciou a retirada dos Estados Unidos do tratado internacional de armas com a Organização das Nações Unidas (ONU), segundo revela a agência “Reuters” este sábado.

A decisão foi comunicada à Associação Nacional de Rifles (NRA) na sexta-feira que em conjunto com outros grupos conservadores sempre se mostrou contra este acordo, que foi assinado em 2013 pelo então presidente Barack Obama.

Na sua conta de Twitter, Donald Trump considerou a decisão uma defesa da “soberania americana”, ao reverter a posição dos EUA sobre este acordo.

A NRA há muito se opõe ao tratado, que controla o negócio de 70 mil milhões de armas convencionais e procura manter as mesmas longe das mãos dos agressores dos direitos humanos.

Este acordo abrange as exportações de armas, desde pequenas armas de fogo até tanques, mas não vendas domésticas. O porta-voz da ONU Stephane Dujarric classificou o tratado de “uma conquista marcante nos esforços para garantir a responsabilidade nas transferências internacionais de armas”. Autoridades da ONU disseram que não estavam cientes de que Donald Trump pretendia revogar a assinatura dos EUA.

A NRA gastou 27 milhões de euros no apoio à campanha presidencial de Donald Trump em 2016. A Assembleia Geral da ONU, com 193 nações, aprovou de forma esmagadora o pacto em abril de 2013 e os Estados Unidos, o maior exportador de armas do mundo, votaram a seu favor apesar da forte oposição da NRA.

Abandonar o tratado é parte de uma revisão mais ampla da administração Trump das políticas de exportação de armas para fortalecer uma indústria doméstica que já domina o comércio mundial de armas.

 

 

Em maio de 2018, Donald Trump retirou os Estados Unidos de um acordo internacional de 2015 que facilitou as sanções ao Irão em troca de limites estritos para as atividades nucleares do Irão. Os Estados Unidos desde então reimplantaram algumas sanções que haviam sido suspensas sob o acordo.

Foi o terceiro ano consecutivo em que Donald Trump falou na reunião anual da NRA. Desde a sua eleição, o presidente dos EUA tem sido um defensor do direito das armas.

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