Dow Jones quebra barreira dos 21 mil pontos após discurso de Trump

Os principais índices norte-americanos encerraram, a sessão desta quarta-feira, a tocar máximos históricos e com o industrial Dow Jones a quebrar a barreira dos 21 mil pontos pela primeira vez, impulsionados pelo discurso do presidente norte-americano, Donald Trump, ontem à noite no Congresso.

“Trump foi muito presidencial e os investidores estão otimistas pela forma como ele entregou a mensagem no seu discurso”, disse Andre Bakhos, diretor-gerente da Janlyn Capital, em Bernardsville, Nova Jersey, citado pela Reuters.

Os investidores mostram-se entusiasmados com a reafirmação das promessas do chefe de Estado norte-americano de estímulo económico, através da reforma fiscal e investimento em infra-estruturas. Ainda que não tenha indicado muitos pormenores sobre a “histórica” reforma fiscal nos impostos para as empresas e um “alívio fiscal massivo para a classe média” que a administração está a preparar ou como pretende ou o que representa em termos de esforço orçamental o investimento em infraestruturas no valor de 1 bilião de dólares, o tom mais suave no primeiro discurso perante as duas câmaras que constituem o Congresso, fez crescer as expectativas dos investidores que o aumento das taxas de juro nos Estados Unidos pela Fed se concretizem já na reunião de março.

“Não é necessariamente o aumento da taxa que importa, é que eles estão a ver as coisas melhorar. Se a Fed se sente mais confiante, talvez devêssemos também”, considerou o diretor da Greentree Brokerage Services em Filadélfia, Warren West, citado pela Reuters.

O Dow Jones 30 quebrou a barreira dos 21 mil pontos pela primeira vez, após a 25 de janeiro ter tocado os aguardados 20.000 pontos, 120 anos depois de ter sido criado, ao tocar os 20,018,76 pontos. Na sessão de hoje encerrou a avançar 1,46% para os 21.115,55 pontos, o S&P 500 a ganhar 1,32% para os 2.394,75 pontos e o Nasdaq a subir 1,35% para os 5.904,33 pontos.

No mercado petrolífero, o brent recua 0,42% para os 56,27 dólares por barril e o crude cai 0,59% para os 53,70 dólares.

No mercado cambial, o dólar valorizou com a perspectiva do aumento dos juros. O euro desvaloriza 0,30% para 1,0545 dólares, a libra cai 0,77% para 1,2285 dólares e o dólar avança 0,82% para 113.68 iénes.