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DPD Portugal entrega 200 mil encomendas por dia entre Black Friday e Natal

Aumento da capacidade de processamento no hub de Loures, que rondou os 30 milhões de euros em investimento, permite à DPD Portugal entregar 200 mil encomendas por dia nos últimos dois meses do ano. Trata-se de um acréscimo entre 30% e 40% à média anual até outubro.
27 Novembro 2024, 07h30

Os estudos dividem-se em relação aos gastos dos cidadãos portugueses nesta Black Friday. Se há quem aproveite as promoções para comprar presentes de Natal, há quem se resguarde de gastos desnecessários, defendendo que vai gastar ainda menos do que em anos anteriores. No entanto, Américo Mendes, diretor-geral business da DPD Portugal, diz ao Jornal Económico (JE) que gastar menos não significa encomendar menos.

Esta é uma premissa que, de facto, raramente passa pela cabeça. Como é possível gastar menos e encomendar ainda mais produtos? É aqui que entram precisamente as promoções que antecipam a Black Friday e, com ela, o Natal. E também os players chineses…

Nas contas da DPD, a quantidade de encomendas não tem diminuído. Muito pelo contrário, os portugueses até podem optar por comprar mais barato, mas as encomendas têm aumentado, em muito devido às opções mais baratas que chegam da China.

“Estima-se que nesta altura [Black Friday] e no Natal, uma em cada cinco encomendas seja de players chineses”, conta Américo Mendes. Atualmente, em peak period, ou seja em tempo de maior fluxo, a DPD tem capacidade para processar 10 mil encomendas por hora no hub de Lisboa, uma capacidade que diminui para quatro mil no Porto.

“Novembro e dezembro têm, normalmente, entre 30% a 40% de atividade a mais que a média anual até outubro. Isto é em média, podemos falar de alguns dias em particular, como a segunda-feira a seguir ao Black Friday [2 de dezembro, este ano] e as duas segundas-feiras anteriores à semana do Natal. Nestes casos observamos uma duplicação de encomendas”, admite.

Em média, a DPD Portugal consegue entregar 120 mil encomendas por dia. Com o investimento recente em Loures, a capacidade de entrega ultrapassa “facilmente as 200 mil encomendas por dias, ainda sem encomendas de chineses”, uma vez que “demoram sempre mais tempo”.

Uma vertente curiosa para o diretor-geral business da DPD Portugal é o aumento considerável de fluxo chinês para Portugal. “Os cinco principais players chineses e a Amazon dão entrada de 100 mil encomendas por dia em Portugal. Portanto, é quase tanto como a nossa atividade”.

Por serem um concorrente expresso nas entregas de encomendas, Américo Mendes assegura que a maioria das encomendas ainda é entregue pelos CTT. Ainda assim, “o que verificamos um pouco por toda a Europa é que estes operadores [players] estão claramente a pretender melhorar o serviço que prestam aos seus clientes, e assistimos também a uma melhoria do tipo de produto e qualidade que é vendido”.

“Assistimos à criação de lojas online paralelas, que já não vende só produtos fabricados na China, como de marca. Ou seja, percebe-se que há uma preocupação por parte destes players chineses em querer prestar o melhor serviço, dar uma melhor user experience aos seus consumidores e é aí que entramos”, explica.

Porquê? Porque é precisamente nesta melhor experiência para os clientes e consumidores que entram as entregas em casa, que ainda são cómodas para muitos. No entanto, a DPD Portugal está preparada para fazer uma mudança: utilizar as soluções pick-up, out-of-home e os cacifos eletrónicos. É neste ponto que se relacionam as questões de sustentabilidade e redução de emissões, mas também pelo facto de, por enquanto, serem opções gratuitas.

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