No dia 14 de dezembro, a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, anunciou em conferência de imprensa a celebração de um acordo entre os estivadores e os operadores portuários para a integração de 56 trabalhadores no porto de Setúbal, pondo fim a uma greve que estava em curso desde 5 de novembro. Além de enaltecer que se tratava de “um acordo em que todos ganham”, Vitorino sublinhou a importância da “mediação independente”, efetuada por Guilherme Dray, em representação do Estado. Antigo chefe de gabinete do primeiro-ministro José Sócrates, advogado e sócio da firma Macedo Vitorino & Associados, Dray também marcou presença na conferência de imprensa, ao lado de Vitorino.
O Jornal Económico questionou a ministra do Mar (nos dias 14 e 17 de dezembro) sobre o enquadramento contratual do trabalho realizado por Dray, tendo o respetivo gabinete respondido (no dia 19) que “sim, o trabalho, que ainda decorre, foi enquadrado num contrato no âmbito das competências próprias do Ministério do Mar”. O mesmo gabinete disponibilizou (no dia 20) uma cópia de um contrato por ajuste direto que foi firmado entre o Estado (através do Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral) e a sociedade de advogados Macedo Vitorino & Associados, visando a “aquisição de serviços jurídicos” e “assessoria e consultadoria jurídica”, com um “preço máximo” de 25 mil euros (acrescido de IVA) e prazo de execução até 30 de junho de 2019.
Conteúdo reservado a assinantes. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com