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Duque de Edimburgo: as maiores gaffes que o consorte deixou durante os seus 99 anos de vida

Casados por 74 anos, o Duque de Edimburgo apontou que a Rainha tem tolerância em abundância. “Podem acreditar em mim quando digo que a Rainha tem a qualidade de tolerância em abundância”, disse em 1997, no ano em que faziam 50 anos de casados.
9 Abril 2021, 17h40

O Duque de Edimburgo ficou conhecido como o consorte (cônjuge do monarca que reina) e foram muitas as vezes que deu a mão à Rainha Isabel II, sua mulher. No entanto, além da mão que segura, Philip Mountbatten foi também o príncipe desbocado, em que tudo o que pensava saía sem filtro.

O príncipe Philip foi ainda caracterizado como um bon vivant na série documental “The Crown”, que acompanha a Família Real pouco antes de Isabel II ter assumido o trono do Reino Unido.

O marido de Isabel II morreu esta sexta-feira, 9 de abril, aos 99 anos no Castelo de Windsor. Estas são algumas das maiores gaffes que o príncipe consorte deixou ao longo dos anos.

“Ainda atiram lanças uns aos outros?”
A questão foi atirada em 2002, durante uma visita ao parque cultural Aboriginal, em Queensland.

Casados por 74 anos, o Duque de Edimburgo apontou que a Rainha tem tolerância em abundância. “Podem acreditar em mim quando digo que a Rainha tem a qualidade de tolerância em abundância”, disse em 1997, no ano em que faziam 50 anos de casados.

“És muito gordo para ser astronauta”
Esta afirmação foi dita em 2001 quando o príncipe visitou uma escola em Inglaterra e falou com o jovem Andrew Adams de 13 anos.

Em 2013, Malala Yousafzai, jovem que sobreviveu a uma tentativa de assassinato por protestar a favor dos direitos das meninas em ir à escola, visitou o Palácio de Buckingham e o Duque de Edimburgo soltou que as crianças vão à escola “porque os seus pais não as querem em casa”. Na altura, Malala soltou uma gargalhada que foi apanhada pela lente de vários fotógrafos.

Questionado sobre se gostaria de visitar a União Soviética, em 1967, Philip Mountbatten respondeu que gostaria de visitar o país, “Gostaria muito de ir à Rússia, apesar daqueles bastardos terem assassinado metade da minha família”, declarou.

“A maioria de vocês não é descendente de piratas?”
Residentes das Ilhas Caimão ouviram esta questão da parte de Mountbatten em 1994.

“Há alguns anos, toda a gente dizia que era preciso ter mais lazer e que toda a gente estava a trabalhar demais. Agora que todos têm mais tempo de lazer, reclamam que estão desempregados”, disse o marido de Sua Majestade em 1981, quando o Reino Unido se encontrava a passar por uma recessão.

Abordando os elevados impostos de 1963, Philip apontou que “todo o dinheiro parece ser produzido hoje em dia com um instinto natural para o Tesouro”. Falando ainda sobre dinheiro, Philip abordou as finanças da Monarquia britânica na televisão norte-americana em 1969, e admitiu que estas se iriam situar no vermelho em 1970, explicando que “provavelmente terei de desistir do polo”.

“Quantas pessoas fizeste cair esta manhã com essa coisa?”
A questão foi proferida ao utilizador de uma scooter de mobilidade reduzida em 2012, durante uma visita à Valentine Mansion, na região de Redbridge.

Numa visita ao Instituto Escocês para Mulheres, em 1961, Philip apontou que “as mulheres britânicas não sabem cozinhar”. “As pessoas acham que existe um sistema rígido de classe aqui, mas os duques são conhecidos por casar com coristas. Alguns até casaram com americanas”, disse em 2000, não dizendo a quem se referiu, embora seja do conhecimento público que o tio da Rainha Isabel II tenha abdicado do trono britânico em favor do seu irmão para casar com Bessie Wallis Warfield, uma socialite americana que se tornou Duquesa de Windsor.

“Cada vez que falo com uma mulher, eles dizem que fui para a cama com ela. Bem, fico muito lisonjeado com a minha idade ao pensar que alguma mulher está interessada em mim” disse o Duque em 2006, quando contava 85 anos de idade.

“Vocês têm mosquitos. Eu tenho a imprensa”
Philip Mountbatten gozou durante uma visita às Caraíbas em 1966.

“Oh! Vocês são as pessoas que estão a arruinar os rios e o meio ambiente”, disse Philip a três funcionários de um local de produção de peixe controlado no Palácio de Holyrood em 1999. À Associação de Pesquisa de Aeronaves em 2002, admitiu que deve ser “horrível” viajar na classe económica das companhias aéreas. “Se viajam tanto como nós, apreciam as melhorias no design das aeronaves para reduzir o ruído e oferecer mais conforto. Desde que não viaje em algo chamado Classe Económica, o que parece horrível”, apontou na altura.

Em frente a uma obra de arte proveniente da Etiópia, em 1965, o marido de Isabel II sustentou que o objeto se assemelhava “àquelas coisas que a minha filha trazia para casa das suas aulas de arte”. Ao presidente da Nigéria, em 2003, Philip admitiu que este estava “pronto para ir dormir”, quando o presidente estava vestido com os trajes tradicionais.

“Dontopedalogia é a ciência de abrir a boca e colocar logo o pé, uma ciência que pratico há muitos anos”, terá dito durante um encontro de dentistas em 1960, dando conta das gaffes que tinha cometido nos anos anteriores.

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