Depois da Alemanha, os governos espanhol, italiano e francês anunciaram, esta segunda-feira, que vão avançar com a suspensão temporária da administração das vacinas contra a Covid-19 da AstraZeneca/Oxford.
Na notícia avançada pelo “El Economista”, o Ministério da Saúde espanhol decidiu, esta segunda-feira, após reunião desta tarde com o Conselho Interterritorial do Sistema Nacional de Saúde (CISNS), a suspensão por 15 dias da vacinação com o fármaco até que a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) conclua o seu relatório sobre as reações adversas registadas em mais de 30 pessoas um pouco por toda a Europa. A medida deverá ser anunciada, esta tarde, pela ministra da Saúde Carolina Darias.
Já em Itália, o “La Repubblica” informa que a Agência de Medicamentos Italiana (AIFA) decidiu estender a proibição do uso da vacina “em todo o território nacional”, “por precaução”, à semelhança das “medidas adotadas por outros países europeus”. De acordo com o comunicado, a decisão será “temporária” e está sujeita à avaliação da EMA.
A AIFA, “em coordenação com a EMA e os demais países europeus, avaliará em conjunto todos os eventos notificados após a vacinação”, frisa a nota, acrescentando que consoante o resultado das investigações, “divulgará prontamente qualquer informação adicional que se torne disponível, incluindo métodos adicionais para completar o ciclo de vacinação para aqueles que já receberam a primeira dose”.
Por sua vez, o governo de Macron anunciou esta tarde, que a França também vai suspender o uso da vacina da AstraZeneca, “por precaução”, até amanhã à tarde, enquanto aguarda a decisão da EMA
🔴 Emmanuel Macron annonce la suspension "par précaution" de la vaccination avec AstraZeneca "jusqu'à demain après-midi" pic.twitter.com/pwcqkMAIiz
— BFMTV (@BFMTV) March 15, 2021
A decisão segue-se à notícia de que também hoje a Alemanha anunciou a suspensão do fármaco devido a novos relatos de coágulos sanguíneos.
O Ministério da Saúde indica que a decisão foi tomada como uma “precaução” e a conselho do regulador nacional de vacinas da Alemanha, o Instituto Paul Ehrlich, que pediu uma investigação mais aprofundada sobre os casos de coágulos sanguíneos. Em comunicado, o Ministério da Saúde revela que a EMA vai decidir “se e como as novas informações afetarão a autorização da vacina” no país.
Países europeus suspendem vacinação com AstraZeneca. Portugal mantém administração
No mesmo documento o ministério realça que os coágulos sanguíneos estão relacionados com as veias cerebrais, mas não especificou onde ou quando os incidentes ocorreram. A AstraZeneca diz que não há motivo para preocupação com a sua vacina e que houve menos casos de trombose relatados naqueles que receberam a injeção do que na população em geral.
Sobe assim para 14 as nações que deixaram de lado este lote de vacinas até que as evidências indiquem que a vacina é segura. Para já, Portugal ainda não faz parte desta lista, tendo a Direção-Geral de Saúde (DGS) e o Infarmed reiterado a confiança no fármaco, este domingo, salientando, no entanto, que estão a acompanhar as investigações que decorrem neste momento.
Antes da Alemanha, França e a Itália, já a Dinamarca, Estónia, Lituânia, Letónia, Islândia, os Países Baixos, a Irlanda, a Noruega, o Luxemburgo, a Áustria e a região italiana de Piedmont tinham suspendido, temporariamente, a administração desta vacina contra a Covid-19, depois de terem surgido casos de formação de coágulos sanguíneos em pessoas vacinadas na Dinamarca e se ter registado a morte de uma mulher dinamarquesa, de 60 anos. Fora da Europa, a Tailândia também se junta à lista, tendo anunciado que iria adiar o lançamento da campanha de vacinação com AstraZeneca.
Notícia atualizada às 17h35 com informações sobre a suspensão da vacina em Espanha
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