“Apesar da elevada incerteza, a economia está numa posição sólida”, garante Jerome Powell, presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos.
O próprio discursou nesta quarta-feira, após a Fed avançar, como esperado, com a manutenção das taxas de juro de referência, após a reunião de junho.
“O desemprego continua baixo e o mercado de trabalho está em máximo emprego ou perto disso”, salientou Powell, antes de sublinhar a importância de manter os juros, de forma a dar resposta a uma situação em que reina a incerteza. A Fed está “bem posicionada para responder a tempo aos desenvolvimento económicos”, mediante a política monetária atual, referiu.
De qualquer forma, a escalada dos preços constitui uma problemática significativa, com a Fed a prever uma aceleração para 3% até final de 2025 (estimativa apontava para 2,7%). “A inflação baixou bastante mas continua acima do nosso objetivo de 2%”, alertou o líder daquele banco central.
Nos próximos anos, o indicador deverá desacelerar para crescimentos homólogos de 2,4% em 2026 e 2,1% em 2027.
Ao mesmo tempo, os resultados de sondagens indicam uma descida no sentimento económico de famílias e empresários, a par de uma “alta incerteza sobre previsões económicas”, o que reflete “preocupações sobre a política comercial” de Trump, de acordo com Powell.
No que diz respeito ao mercado de trabalho, “manteve-se sólido”, com os dados a indicarem que a taxa de desemprego “continua baixa”, em 4,2%. Ao mesmo tempo, a subida dos salários “continua a ser superior” à aceleração da inflação.
O próprio apontou para indicadores como o número de pessoas ativas no mercado de trabalho, a criação de emprego e os próprios salários, que estão “todos em níveis saudáveis”. Reconhece, porém, que pode estar a ocorrer “um arrefecimento muito, muito lento”, mas que o mesmo não deve ser percecionado como um problema, pelo menos por enquanto.
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