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Economia portuguesa com excedente de 256 milhões de euros nos primeiros sete meses do ano

As exportações de bens cresceram 13%, enquanto as importações de bens aumentaram 23,9% face a julho de 2020, voltando a superar os valores registados antes da pandemia. Por sua vez, as exportações e importações de serviços aumentaram 28% e 26,7%, respetivamente, com o BdP a destacar “o crescimento das exportações de viagens e turismo (45,6%), que permanecem aquém dos níveis pré-pandemia”.
20 Setembro 2021, 11h25

A economia portuguesa registou um excedente externo de 256 milhões de euros até julho do presente ano, o que representa mais 1.231 milhões de euros do que em igual período do ano anterior, de acordo com os dados divulgados pelo Banco de Portugal (BdP).

O saldo da balança comercial (conjunto de bens e serviços), até julho de 2021, “diminuiu em relação ao período homólogo, uma vez que as importações de bens e serviços cresceram mais que as exportações”, nota o BdP esta segunda-feira. Assim, o saldo fixou-se em 256,01 milhões de euros.

As exportações de bens cresceram 13%, enquanto as importações de bens aumentaram 23,9% face a julho de 2020, voltando a superar os valores registados antes da pandemia. Por sua vez, as exportações e importações de serviços aumentaram 28% e 26,7%, respetivamente, com o BdP a destacar “o crescimento das exportações de viagens e turismo (45,6%), que permanecem aquém dos níveis pré-pandemia”.

Assim, as receitas de turistas provenientes de França, Reino Unido, Espanha e Estados Unidos cresceram, algo que contribuiu para o crescimento do excedente da balança de serviços.

“O montante de remessas de emigrantes recebido em Portugal aumentou 22 milhões de euros relativamente a julho de 2020, para 367 milhões de euros. Os emigrantes portugueses residentes na Suíça, em França e no Reino Unido foram os que mais remessas enviaram para Portugal”, nota o gabinete.

O BdP assume ainda que no mês em questão “Portugal recebeu cerca de 1.100 milhões de euros do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, provenientes da devolução da margem financeira retida em 2011 no âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira a Portugal”, sendo que “este recebimento determinou o aumento do excedente da balança de capital”.

Até julho, os ativos financeiros que Portugal tem sobre o exterior aumentaram 755 milhões de euros, sendo que para tal contribuiu “o investimento do sector financeiro português em fundos de investimento não residentes e em títulos de dívida emitidos por entidades da União Monetária”, “o desinvestimento de entidades não residentes em dívida pública portuguesa, maioritariamente títulos de dívida de longo prazo” e “o aumento de ativos de reserva do Banco de Portugal, maioritariamente sob a forma de depósitos”.

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