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Economia portuguesa cresceu 2,3% no segundo trimestre

Os dados do INE divulgados esta terça-feira revelam uma aceleração face ao primeiro trimestre do ano. O PIB cresceu 2,3% em termos homólogos nos entre abril e junho. Em cadeia, ou seja face ao aos primeiros três meses do ano, a expansão foi de 0,5%. Os valores ficaram ficaram no limiar inferior do intervalo das estimativas dos economistas.
  • Cristina Bernardo
14 Agosto 2018, 09h30

O Produto Interno Bruto de Portugal expandiu 2,3%, em termos homólogos, no segundo trimestre do ano, de acordo com dados publicados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). O valor representa uma aceleração face aos 2,1% registados no primeiro trimestre de 2018, mas fica no limiar inferior do intervalo das estimativas dos economistas.

“A procura interna registou um contributo mais positivo, em resultado da aceleração do consumo privado, enquanto o Investimento apresentou um crescimento menos acentuado, determinado em larga medida pela diminuição da Formação Bruta de Capital Fixo em Material Transporte, refletindo o efeito base da forte aceleração verificada no segundo trimestre de 2017”, afirmou o INE, em comunicado.

A variação trimestral, ou seja, em cadeia, foi de 0,5%, acrescentou.

“O contributo da procura externa líquida para a variação em cadeia do PIB foi ligeiramente menos negativo, refletindo a aceleração das Exportações de Bens e Serviços superior à das Importações de Bens e Serviços. Por sua vez, o contributo positivo da procura interna manteve-se inalterado no segundo trimestre”, explicou.

A média das estimativas dos cinco economistas consultados pelo Jornal Económico apontava para um crescimento homólogo de entre 2,43% e uma expansão em cadeia de 0,62%. O intervalo da estimativas era de 2,3%-2,5% em termos homólogos e 0,5%-0,8% em cadeia.

O principal risco assinalado pela maioria dos economistas consultados pelo JE é a escalada das tensões comerciais, referindo ainda como ameaças a incerteza política na zona euro (especialmente em Espanha, Alemanha e Itália), uma apreciação demasiado rápida do euro que condicione a competitividade, os efeitos da redução do caráter expansionista das políticas monetárias do Banco Central Europeu (BCE) nas yields da dívida portuguesa ou o Brexit.

Apesar dos fatores de incerteza, o consenso entre os economistas alinha com o do Governo, do Banco de Portugal, da Comissão Europeia e do Fundo Monetário Internacional. Todos apontam para que a economia portuguesa cresça 2,3% em 2018, sendo a OCDE mais conservadora, com uma projeção de 2,2%.

[Atualizada às 09h41]

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