A economia portuguesa deverá registar um crescimento de 2,5% este ano e subir 1,2% em 2024, segundo as projeções divulgadas pela Allianz Trade, acionista da COSEC – Companhia de Seguro de Créditos esta segunda-feira, 3 de julho.
Esta é uma revisão em alta dos especialistas da Allianz Trade, dado que no último trimestre antecipavam um aumento de 1% em 2023 e 1,2% em 2024 para a economia nacional.
Em relação à zona euro, os especialistas apontam para uma subida de 0,5% em 2023 e de 1% no próximo ano. As previsões colocam a economia alemã a fechar este ano a cair 0,1%, França a crescer 0,6%, enquanto a Espanha deverá subir 2% e Itália 1,1%.
As previsões mais otimistas dos especialistas para o bloco da moeda única devem-se a alguma resiliência que não tinham previsto ao longo dos primeiros meses, devido nomeadamente a um turismo mais forte do que o esperado em algumas economias da zona euro.
No que diz respeito à inflação, os especialistas apontam que Portugal deverá fechar o ano com uma taxa de 5,3%, enquanto que em 2024 será de 3%.
Os dados nacionais ficam próximos da média da zona euro, que deverá observar uma inflação de 5,6% neste ano e de 2,6% em 2024, encaminhando-se para o objetivo do Banco Central Europeu (BCE), de uma inflação próxima dos 2%.
A nível mundial, as previões da Allianz Trade são de um crescimento de 2,5% este ano e de 2,3 para 2024. A maior economia do mundo, dos Estados Unidos, deverá crescer 1,5% neste ano e 0,7% em 2024, com os especialistas a apontarem para alguma deterioração das condições económicas no segundo semestre, nomeadamente devido a uma maior restrição nas condições de crédito.
Já a China deverá registar um crescimento económico superior às estimativas anteriores, de 5,8% neste ano, seguida de um ligeiro abrandamento, de 4,1% em 2024.
Apesar das revisões em alta das estimativas económicas, os especialistas apontam como fatores de risco para o próximo ano as eleições iminentes em economias que representam cerca de 75% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, como são o caso da Áustria, Índia, México, Polónia, Roménia, Rússia, África do Sul, Taiwan, EUA, Reino Unido.
A possibilidade de aperto monetário nos EUA com a Reserva Federal a manter a taxas de juro elevadas ou mesmo novas restrições ao fornecimento de energia na Europa, são outros dos fatores apontados pelos especialistas.
Em sentido inverso, um eventual cessar-fogo entre a Rússia e a Ucrânia poderia ajudar a reduzir grande parte da incerteza prevalecente sobre as perspetivas económicas e permitiria uma gestão dos recursos de forma mais eficiente.
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