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Economista sénior do EFG acredita num novo corte de 0,25% dos juros do BCE

GianLuigi Mandruzzato diz que “a recuperação da inflação deveu-se a efeitos de base adversos nas componentes voláteis dos alimentos não transformados e da energia, mas a última queda dos preços do petróleo e dos produtos petrolíferos sugere que será de curta duração”.
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3 Novembro 2024, 12h13

Num breve comentário aos dados de inflação da zona euro, outubro de 2024, GianLuigi Mandruzzato (economista sénior do EFG), defende a expectativa de um novo corte de 0,25% nas taxas de juro do BCE em Dezembro e de um novo alívio em 2025.

“A recuperação da inflação para 2% face ao período homólogo foi ligeiramente mais forte do que o esperado, mas continua muito abaixo da média de 2,6% projectada pelo BCE em Setembro último. Como tal, apoia plenamente a expectativa de um novo corte de 0,25% nas taxas de juro do BCE em Dezembro e de um novo alívio em 2025”, refere o economista.

GianLuigi Mandruzzato diz que “a recuperação da inflação deveu-se a efeitos de base adversos nas componentes voláteis dos alimentos não transformados e da energia, mas a última queda dos preços do petróleo e dos produtos petrolíferos sugere que será de curta duração” e que “a inflação subjacente manteve-se em 2,7% face ao período homólogo, uma vez que a inflação dos preços dos serviços se manteve elevada em 3,9%”. Já a inflação dos preços dos bens manteve-se baixa em 0,5% face ao período homólogo.

“Os dados dos inquéritos, bem como os padrões históricos, apontam para uma moderação dos preços dos serviços nos próximos meses, embora esta expectativa já exista há algum tempo e se tenha concretizado apenas parcialmente”, acrescenta o economista do banco suíço.

“Se houvesse uma normalização mais evidente na inflação dos preços dos serviços, o espaço disponível para o BCE reduzir as taxas sem correr o risco de alimentar a inflação aumentaria”, conclui.

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