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Certificado Energético: a importância das medidas de melhoria  

As medidas de melhoria, como o próprio nome indica, identificam as áreas de maior potencial de redução do consumo de energia.
3 Abril 2019, 07h38

Já sabe que o Certificado Energético (CE) é um documento que avalia a eficiência energética de um imóvel, numa escala de F (muito pouco eficiente) a A+ (muito eficiente). No entanto, sabia que o CE não só permite caracterizar uma habitação ao nível dos elementos construtivos, da ventilação, dos equipamentos para climatização e da produção de água quente sanitária, como também identificar medidas de melhoria personalizadas, permitindo responder às seguintes questões:

·         Como reduzir o consumo e os gastos de energia de forma permanente?

·         Qual o detalhe dos investimentos e das poupanças associadas?

·         Quais as implicações diretas no conforto e na saúde?

As medidas de melhoria, como o próprio nome indica, identificam as áreas de maior potencial de redução do consumo de energia. Para uma seleção mais eficiente das medidas a implementar deve:

1.     Em primeiro lugar, identificar medidas de melhoria referentes aos elementos construtivos, de modo a reduzir as perdas de calor no inverno e os ganhos de calor no verão. Deste modo, pretende-se reduzir as necessidades de energia para climatização, aumentando o conforto térmico.

Estas medidas representam cerca de 60% das medidas de melhoria especificadas nos CE de edifícios de habitação emitidos desde 2014 e são maioritariamente ao nível da:

a.     Aplicação de isolamento térmico na envolvente opaca (paredes, coberturas e/ou pavimentos).

b.    Instalação de janelas eficientes CLASSE+;

c.     Instalação de proteções solares ou dispositivos de sombreamento.

              Legenda:  Uma das medidas de melhoria pode ser a substituição de janelas

 

2.     Em segundo lugar e após a intervenção nos elementos construtivos, pode optar pela instalação de equipamentos mais eficientes que permitem diminuir os consumos de energia e reduzir o valor da fatura energética.

Neste caso, as medidas de melhoria mais comuns são:

a.     Instalação de bombas de calor para climatização;

b.    Instalação de sistemas solares térmicos para a produção de águas quentes sanitárias;

c.     Substituição dos equipamentos existentes por outros mais eficientes.

As medidas que dizem respeito aos equipamentos representam cerca de 40% das medidas especificadas nos CE de edifícios de habitação emitidos desde 2014.

As medidas de melhoria, além de melhorarem o conforto e reduzirem os custos com a energia do imóvel, servem também como guia para a respetiva reabilitação, possibilitando a valorização do imóvel, uma vez que ao atingir uma classe energética mais elevada adquire uma vantagem competitiva no mercado imobiliário.

Ao implementar as medidas, os consumidores podem usufruir de benefícios financeiros, como:

·         Aceder a mecanismos de financiamento com taxas de juro mais favoráveis para reabilitar o imóvel (por exemplo, IFRRU 2020, Casa Eficiente 2020 e FEE);

·         Usufruir da devolução do IMT (Imposto Municipal sobre as Transmissão Onerosas de Imóveis);

·         Beneficiar da redução do valor da taxa municipal de IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis);

·         Obter isenção de taxas municipais para a reabilitação de prédios urbanos, objeto de reabilitação urbanística;

·         Usufruir de isenção da taxa de reemissão do novo Certificado Energético.

Por tudo isto, confirme junto do seu município quais os benefícios financeiros relativos a taxas municipais aplicáveis. Para mais informações sobre os apoios financeiros e benefícios fiscais disponíveis, consulte o artigo “Compreender o Certificado Energético” e a seção sobre apoios financeiros da página Certificar é Valorizar.

Desfrute dos benefícios que o Certificado Energético lhe proporciona. Invista no seu imóvel. Valorize o seu imóvel!

 

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