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Euronext: “Vai ser interessante contar com a Bolsa da Irlanda após o Brexit”

A aquisição da Bolsa da Irlanda pela detentora da Bolsa de Lisboa está em fase final e deverá ficar fechada até ao final de março. Depois de Dublin, a Euronext pretende fazer mais aquisições.
12 Março 2018, 07h35

A aquisição da Bolsa de Irlanda pela Euronext poderá dar um ponto de entrada para as empresas britânicas na zona euro, depois do Brexit. Apesar de considerar ainda prematuro avaliar o impacto do negócio, Eric Forest, chairman e CEO da EnterNext (filial da Euronext dedicada ao financiamento de PME), explicou que a aquisição deverá ficar concluída ainda este trimestre.

A empresa gestora de bolsas como a de Lisboa, anunciou estar a negociar a compra da bolsa irlandesa, em novembro. Agora, já “está em fase final e a conclusão está planeada até ao final de março. Portanto, até lá, não podemos falar muito do assunto”, explicou, em declarações ao Jornal Económico, à margem do evento TechShare, organizado pela Euronext, em Bruxelas.

No entanto, adiantou considerar que “vai ser interessante contar com a Bolsa da Irlanda depois do Brexit”. Forest colocou a hipótese de as empresas cotadas no Reino Unido poderem, com a fusão, pedir uma listagem dupla em outro índice da Euronext para ter acesso à zona euro.

“Dublin pode vir a ser um bom ponto de entrada para a zona euro”, afirmou o chairman e CEO da EnterNext, acrescentando que as equipas dos vários índices vão começar a trabalhar em conjunto poucas semanas após a conclusão da aquisição, incluindo para estudar potenciais sinergias.

Dublin vai juntar-se, assim, a Lisboa, Paris, Bruxelas e Amesterdão na bolsa pan-europeia, em linha com a estratégia de diversificação da atividade da empresa gestora, que pretende continuar a realizar aquisições estratégicas, ao longo deste ano. O negócio envolveu a compra de todas as ações da Bolsa da Irlanda por 137 milhões de euros.

No ano passado, os resultados líquidos da Euronext aumentaram 22,5%, em comparação com 2016, para 241,3 milhões de euros. A receita consolidada da subiu 7,2%, para 532,3 milhões de euros, beneficiando da melhor atividade e do impacto positivo das iniciativas Agility for Growth e pela aquisição da FastMatch em agosto de 2017.

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