A DBRS Ratings atribuiu rating com grau de investimento – nota BBB – com tendência ‘estável’ ao grupo EDP e da EDP Finance, anunciou a agência de notação financeira. Esta nota representa “qualidade de crédito adequado. A capacidade de pagamento das obrigações financeiras é considerada aceitável. Pode ser vulnerável a eventos futuros”.
A agência canadiana avisa que “neste momento, não é provável uma subida do rating”, mas alerta que pode ter uma subida em consideração se o rácio cash-flow-to-debt subir “bem acima” de 15%, se o rácio debt-to-capital ficar abaixo de 50%, e se o EBITDA-to interest ficar bem abaixo de 4 vezes numa “base sustentada”.Por outro lado, a DBRS avisa que uma descida do rating pode estar na calha se o rácio cash-flow-to-debt ficar abaixo dos 12%, se o debt-to-capital ficar acima de 65% e se o EBITDA-to interest ficar abaixo de 3 vezes.
Em termos de outlook financeiro, a DBRS recorda que a dívida bruta ajustada atingia os 22,2 mil milhões de euros no final de setembro de 2023, 26% da EDP, 49% da EDP Finance e 11% da EDP Brasil, com os restantes 15% distribuídos por subsidiárias através de project finance. “A alavancagem financeira é considerada moderada com o rácio cash flow-to-debt nos 14,3% e o debt-to-capital nos 57,2% no final de 2022.Em termos de ganhos, a agência recorda que a estratégia de rotação de ativos contribuiu com 393 milhões de euros em 2023 com a venda de um portefólio renovável de 300 MW na Polónia e outro portefólio eólico de 257 MW em Espanha.
A DBRS justifica a sua nota com vários argumentos: “(1) a posição monopolista no mercado português de distribuição de eletricidade e a sua posição entre as líderes de energia renovável a nível global: (2) elevado nível de diversificação em termos de negócios, tecnologias, geografia e quadros regulatórios que reduzem parcialmente a flutuação de receitas”; (3) geração de cash flow previsível graças a ativos regulados na distribuição de eletricidade e no negócio de produção contratada; (4) calendário de maturidade de dívida bem alargado e perfil de liquidez adequado com 6.115 milhões de euros disponíveis em crédito no final de setembro 2023 para cobrir maturidades de dívida; (5) estratégia de rotação de ativos desenvolvida pelo grupo para reinvestir no crescimento das renováveis”.
Por outro lado, existem riscos para a nota, destaca: “(1) o elevado nível de capex esperado nos próximos dois anos de 6,2 mil milhões de euros necessários para atingir o plano de negócios; (2) o risco do mercado para a geração não contratada; (3) mudanças no quadro regulatório que produzam regulamentos menos favoráveis; (4) risco operacional associado à execução do plano de negócios”.
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