Do EBITDA total de quase 1.300 milhões de euros até setembro, mais de metade (quase 700 milhões) teve origem na América do Norte, precisamente.
“Acreditamos que a previsão para o EBITDA subjacente de 1,6 mil milhões de euros ainda é alcançável, especialmente, se fossemos assumir a normalização nos fatores de carga. Acreditamos que o foco hoje vai ser o resultado das eleições norte-americanas”, segundo os analistas do banco norte-americano.
Neste momento, nenhum dos principais canais televisivos nos EUA declarou a vitória de Donald Trump, mas a sua vitória em vários estados-chave faz antecipar a sua vitória, estando perto de atingir os 270 votos necessários para conquistar o colégio eleitoral.
Recorde-se que Donald Trump é visto como um opositor à transição energética, o que poderá explicar o movimento dos investidores hoje em relação à EDP Renováveis.
O lucro da EDP Renováveis afundou 53% até setembro para 210 milhões de euros, penalizada pelo descida do preço médio de venda de eletricidade e por menos ganhos com a rotação de ativos, anunciou hoje a empresa.
Apesar da produção de eletricidade ter aumentado 5%, com nova potência e melhores recursos renováveis, “principalmente nos EUA”, e das receitas terem subido 5%, a questão é que o preço médio de venda registou uma queda de 4% para os 59,4 MW/h, devido a “preços de eletricidade mais baixos na Ibéria, compensados pela geração coberta a preços competitivos, preços resilientes na América do Norte e preços mais altos no Brasil”.
Destaque para os ganhos de 179 milhões de euros com a venda de ativos, mas abaixo do registado em período homólogo.
Já o EBITDA recorrente recuou 9% para 1.294 milhões de euros, com a menor venda de ativos face a período recorrente.
O lucro desceu assim para os 210 milhões de euros “com o aumento de receitas operacionais a não ser suficiente para compensar os menores ganhos de rotação de ativos face ao período homólogo”.
A produção de eletricidade subiu 5%, mas os recursos eólicos ficaram “abaixo da média de longo prazo, principalmente no Brasil, e algumas perdas de curtailment, particularmente nos EUA e em Espanha. A Europa e a América do Norte representaram 31% e 55% da produção total, respetivamente, com a energia eólica onshore a representar 85% enquanto que a energia solar representou os 15% remanescentes”.
Já o investimento bruto “totalizou €2,3MM nos 9M24, com >80% do seu Capex investido na Europa e América do Norte, refletindo o foco da EDPR nos seus mercados principais de baixo risco”.
E a dívida líquida “totalizou €7,8MM, um aumento de +€2,0MM em relação a dez-23, refletindo os investimentos de caixa feitos no período”.
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