A Efacec foi nacionalizada em 2020 e desde então, o Estado já injetou 165 milhões de euros na empresa. Na resposta aos deputados, esta quarta-feira no âmbito da Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, o ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, disse que “dada a situação da empresa, dificilmente o valor injetado pelo Estado vai ser refletido no preço de venda. O que estamos a tentar é o Estado ter acesso a mecanismos de recuperação, por exemplo, uma percentagem do free cash-flow ser partilhado pelo Estado, quando a Efacec for recuperada”.
Os maiores credores da empresa são os bancos e o Estado, dono de 71,73%, deu garantias nesses empréstimos. “Vamos ter de repartir com o comprador a responsabilidade para com os credores”, disse.
O ministro admite que há propostas que querem um haircut da dívida mas diz que estão em negociações com os proponentes e por isso não pode avançar com mais detalhes neste momento.
Há propostas para injetar já dinheiro na Efacec e com exigências de garantias “aceitáveis”, avançou Costa Silva que revelou ainda que há propostas que incluem mecanismos de recuperação futura do investimento que foi feito pelo Estado. Esses mecanismos estão condicionados à performance futura da companhia.
Sobre as garantias de financiamento, o ministro disse que alguns candidatos querem uma “parceria ligeira com o Estado em alguns dos items, o que será aceitável”.
O conjunto das proposta e o perímetro vão no sentido de preservar a Efacec no seu todo, voltou a frisar o ministro e “a empresa vai continuar sediada em território nacional”.
“Vamos atenuar os encargos para o Estado e há propostas que se propõem injetar desde já na empresa, um montante significativo”, disse ainda.
“Não vamos aceitar condições que impliquem o retalho da empresa e despedimento dos trabalhadores (ao todo são cerca de dois mil), vamos selecionar aqueles que derem mais garantias a estes níveis”, revelou o ministro.
António Costa Silva respondeu esta quarta-feira a dúvidas dos deputados sobre o processo de reprivatização dos 71,73% da Efacec na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação.
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