A eliminação de portagens em autoestradas-chave pode constituir um “alívio significativo” para as empresas de transporte sendo que, com a redução de custos operacionais, prevê-se um aumento da circulação de veículos pesados em Portugal.
O Governo português eliminou, desde 1 de janeiro de 2025, as portagens em várias autoestradas anteriormente sujeitas a cobrança (SCUT), como a A22, A4 e A25. Esta medida estratégica pretende aliviar os encargos financeiros dos utilizadores e fomentar o transporte rodoviário de mercadorias, com particular enfoque nos veículos pesados. Estima-se que esta alteração promova uma maior circulação de camiões, impulsionando a atividade logística e comercial no território nacional.
Embora algumas portagens se mantenham, sobretudo na Área Metropolitana do Porto (caso da A28, A41 e A42), a decisão representa um alívio significativo para empresas de transporte, num momento em que o setor enfrenta crescentes desafios relacionados com custos operacionais e exigências ambientais.
“A abolição de portagens em vias estruturantes traduz-se num estímulo direto à eficiência logística e ao crescimento económico regional”, afirma Ivana Lang, Director of Toll na Eurowag, uma das principais fornecedoras europeias de soluções integradas para transporte rodoviário.
Portugal alinha-se com as tendências europeias
Enquanto países como a Alemanha, Áustria e Eslováquia introduzem novas taxas com base nas emissões de carbono para promover veículos mais verdes, Portugal aposta num modelo de incentivo indireto — reduzindo custos de circulação — enquanto reforça a sua infraestrutura digital e ligação ao sistema europeu de portagens.
A decisão de eliminar portagens em determinadas SCUTs representa um custo adicional de 1.106 mil milhões de euros para o Estado. No entanto, espera-se que esta medida resulte numa maior competitividade para o setor logístico e numa melhoria da coesão territorial.
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