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Embaixador de Portugal: “Angola continua a ser um país de oportunidades económicas para além do petróleo”

O diplomata destacou os desafios enfrentados pelas empresas: “a previsibilidade de pagamentos, a segurança jurídica, a estabilidade cambial, o acesso a divisas”.
18 Junho 2024, 11h45

O embaixador de Portugal em Angola defendeu a aposta das empresas nacionais no país lusófono, considerando que existem oportunidades para além do sector petrolífero.

“Angola é um mercado estrutural para as empresas portuguesas. Portugal exporta dois mil milhões de euros para Angola. Temos 1.250 empresas portuguesas e luso-angolanas. A construção cria dezenas de milhares de empregos diretos e indiretos”, disse hoje Francisco Alegre Duarte.

O diplomata destacou os desafios enfrentados pelas empresas: “a previsibilidade de pagamentos, a segurança jurídica, a estabilidade cambial, o acesso a divisas”.

“Há uma grande confiança em Angola, uma aposta de longo prazo, que permite ganhar escala e compensar os ciclos económicos na Europa e em Portugal, uma aposta fundamental no processo de internacionalização”, afirmou numa mensagem vídeo transmitida hoje no evento Doing Business Angola 2024, organizada pelo Jornal Económico, que teve lugar em Lisboa.

Destacando o desígnio de diversificação económica de Angola, o embaixador destacou que Portugal tem uma “grande responsabilidade e grande oportunidade”. “Angola continua a ser um pais de oportunidades económicas para além do petróleo”, destacando sectores como a “agroindústria, turismo, indústria farmacêutica”.

“É preciso arriscar e apostar em Angola”, defendeu o embaixador.

Francisco Alegre Duarte destacou a visita do ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal na próxima semana a Angola, e a visita do primeiro-ministro português em julho.

“As visitas darão impulso e reforçarão a relação muito boa no plano político e pode ir além em termos económicos. Temos instrumentos poderosos” como a “linha de financiamento”.

“É uma relação marcada por maturidade, fraternidade e igualdade. E deve-se refletir também nas oportunidades económicas”, rematou o embaixador.

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