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Embaixadores da UE aprovam sanções de direitos humanos contra a China

As sanções integram o novo pacote de sanções que tem como objetivo punir vários países por abusos dos direitos humanos. A lista geral inclui 11 indivíduos e quatro entidades em seis países.
18 Março 2021, 11h38

Os embaixadores da União Europeia (UE) concordaram com um novo pacote de sanções contra quatro cidadãos chineses e uma entidade por violações dos direitos humanos que visam a minoria da população muçulmana uigur, segundo o “Politico”.

O novo pacote de sanções tem como objetivo punir vários países por abusos dos direitos humanos. A lista geral inclui 11 indivíduos e quatro entidades em seis países. Entre os que enfrentam punições estão dois russos envolvidos em supostas violações dos direitos dos homossexuais na Chechênia. As outras sanções vão atingir indivíduos e entidades na Eritreia, Líbia, Coreia do Norte e Sudão do Sul.

As medidas tomadas pela UE consistem em congelar de ativos e proibir viagens, estão sendo aplicadas sob uma nova estrutura introduzida em dezembro passado, conhecida como “Lei Magnitsky da UE”. As propostas devem ser aprovados formalmente numa reunião com ministro dos Negócios Estrangeiros da UE na próxima segunda-feira.

A decisão europeia deve-se ao tratamento dado pelo governo chinês aos muçulmanos a residir na região oeste de Xinjiang. Ativistas e especialistas em direitos humanos da ONU dizem que pelo menos 1 milhão de muçulmanos estão a ser detidos. Os mesmos ativistas e alguns políticos ocidentais acusaram as autoridades chinesas na região de tortura, trabalho forçado e esterilizações não consensuais. Os Estados Unidos classificaram a situação como “genocídio”, uma medida seguida pelo parlamento holandês.

A China nega as acusações de que é alvo e alega que o país está a tentar lutar contra o extremismo religioso. Na terça-feira, o embaixador da China na UE, Zhang Ming, explicou que os “centros de desradicalização” do país para muçulmanos “não são totalmente diferentes” daqueles encontrados no Reino Unido, França e Estados Unidos. Zhang Ming também alertou que “sanções com base em mentiras podem ser interpretadas como um ataque deliberado à segurança e ao desenvolvimento da China ”.

As mais recentes sanções juntam-se às que o bloco já tinha aplicado no ano passado à China por alegados ataques cibernéticos.

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