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Famílias que pediram ajuda à DECO tinham taxas de esforço no crédito de 69%

Em média as famílias que pediram auxílio à DECO tinham cinco créditos. Dois créditos pessoais, um crédito habitação, e dois cartões de crédito. Já quanto aos montantes em dívida no crédito, o crédito habitação era de 84 mil euros, o crédito pessoal ficou em 21.500 euros, e o cartão de crédito atingia os 7.100 euros.
20 Abril 2023, 14h50

O relatório divulgado esta quinta-feira pelo DECO diz que, em 2022, as famílias que pediram auxílio à associação tinham cinco créditos. A taxa de esforço chegava aos 69%. O relatório aborda ‘Tempos de Crise 2022/2023, Um retrato das dificuldades financeiras das famílias’.

“Em média, em 2022 as famílias tinham cinco créditos: um crédito habitação, dois créditos pessoais e dois cartões de crédito”, refere a DECO, acrescentando que, no entanto, as famílias que que se encontravam a trabalhar “tinham seis ou mais créditos: um crédito à habitação, três cartões de crédito e dois créditos pessoais (ou crédito automóvel, mas com peso inferior)”.

No primeiro trimestre o número de crédito das famílias que pediram auxílio à DECO situava-se em cinco, a média de créditos pessoais eram dois, de crédito automóvel era inexistente, a média era de dois cartões de crédito, e uma média de um crédito hipotecário.

Já quanto aos montantes em dívida no crédito, em 2022, o crédito habitação era de 84 mil euros, uma quebra face aos 90 mil euros do ano anterior. O crédito pessoal ficou em 21.500 euros, uma subida face aos 20.400 euros do ano anterior. Já no cartão de crédito o valor era de 7.100 euros, uma descida face aos 7.500 euros do ano anterior.

No primeiro trimestre o valor do crédito habitação, em dívida, era de 92 mil euros, uma subida face aos 90 mil euros do ano anterior. O crédito pessoal ficou em 21.600 euros, uma subida face aos 20.350 euros do ano anterior. Já no cartão de crédito o valor era de 7.900 euros, uma descida face aos 7.430 euros do ano anterior.

Em 2022, o montante das prestações de crédito eram de 850 euros, uma descida face aos 860 euros do ano anterior. No primeiro trimestre esse valor ficou em 700 euros, uma descida face aos 760 euros do período homólogo.

Já o rendimento médio, em 2022, ficou em 1.200 euros, e o valor do salário mínimo ficou em 705 euros.

“Mas, as famílias que que se encontravam a trabalhar tinham em média rendimentos de 1.400 euros. De referir que o Salário Mínimo Nacional, nas últimas duas décadas, tem apresentado aumentos nominais e reais anuais. Tal tendência não se verifica nos rendimentos médios das famílias em dificuldades financeiras que pedem ajuda à DECO”, diz a associação.

Já no primeiro trimestre o rendimento médio, das famílias que pediram auxílio, ficou em 1.100 euros.

Já quanto à taxa de esforço das famílias que pediram ajuda à DECO, em 2022, ficou em 69%.

A taxa de esforço é calculada pelo somatório das prestações de crédito no rendimento liquido das famílias.

“Em média, o rendimento das famílias que procuram o apoio da DECO é de 1.200 euros, com um montante de
prestações com crédito de 825 euros. Considerando que a taxa de esforço das famílias não deveria ser superior a 35%, pese embora apresente tendência decrescente, continua a ser muito elevada nas famílias que pedem ajuda, atingindo 69% em 2022″, alerta a DECO.

No primeiro trimestre a taxa de esforço ficou em 64%, uma descida face aos 68% do ano passado.

Em termos de despesas das famílias que pediram ajuda à DECO a alimentação ficou em 265 euros, face aos 250 euros do ano anterior. Para a eletricidade foram 79 euros, face aos 65 euros do ano anterior. O gás representou 40 euros da despesa face aos 35 euros do ano passado. A água foi 35 euros face aos 34 euros do ano passado. E as telecomunicações representaram uma despesa de 70 euros face aos 65 euros do ano passado.

“Em 2022 registou-se um aumento das despesas essenciais, nomeadamente na eletricidade e da alimentação,
justificado pela subida generalizada do preços. Mas, de acordo com as famílias, e apesar dos comportamentos
adotados para gastarem menos e da eliminação de alguns produtos (de supermercado, por exemplo), não
conseguem reduzir os seus gastos”, explica a Deco.

No primeiro trimestre a alimentação ficou em 270 euros, face aos 250 do ano anterior. Para a eletricidade foram mais 60 euros, face aos 70 euros do ano anterior. O gás representou 36 euros da despesa face aos 35 euros do ano passado. A água foi 25 euros face aos 35 euros do ano passado. E as telecomunicações representaram uma despesa de 79 euros face aos 50 euros do ano passado.

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