O emprego em Portugal vai aumentar de forma continuada durante este ano e até 2027, libertando-se da tendência verificada durante a pós-pandemia. De acordo com o ministro das Finanças, Fernando Medina, o emprego está a atingir o máximo histórico durante este ano, sendo este “um dos grandes fatores de resiliência e força da economia portuguesa”.
“Existem mais pessoas a trabalhar e a tendência mantém-se no arranque do ano. A economia portuguesa está a bater novos máximos”, apontou o ministro das Finanças.
No entanto, Medina esclareceu a dúvida de muitos: como é que o emprego está a aumentar se o indicar do desemprego aumenta ao mesmo tempo? “Em momentos de crescimento económico temos pessoas que não estão no mercado de trabalho e durante o maior crescimento da economia temos melhores ofertas de emprego e novas oportunidades de trabalho. As pessoas entram no mercado de trabalho e decidem mostrar-se disponíveis para trabalhar”.
Por estarem fora do mercado de trabalho, Medina esclareceu que estas eram “classificadas como inativas” mas que, depois da sua entrada, “passam a ser população ativa, estando disponíveis para trabalhar e à procura desse mesmo trabalho”. “Isto foi o que aconteceu em 2022 e está a acontecer com a população portuguesa e os emigrantes que procuram o nosso país. Há mais pessoas disponíveis para trabalhar”.
O chefe das finanças públicas apontou que o mercado de trabalho “está a criar oportunidades de emprego a mais para as pessoas que estão a procurar” emprego. No entanto, ainda que se verifique um aumento da população empregada, não existe emprego na dimensão da procura, o que leva ao desemprego.
Lembrando o ano passado, Fernando Medina indicou que “o aumento do emprego era significativo e conseguia absorver todos os que chegavam”. “Como já estamos no máximo histórico da população empregada no nosso país, essa capacidade de gerar novos empregos não está ao mesmo ritmo”, explicou na conferência de imprensa da apresentação do Plano de Estabilidade 2023-2027.
O ministro das Finanças evidenciou estes dados como “indicadores positivos”, uma vez que “significam mais pessoas a trabalhar, produzir, receber salários e a contribuírem para o PIB e para o consumo”. “No fundo, a ter uma resiliência e força na economia portuguesa muito diferente das épocas em que a taxa de desemprego era alta”.
Os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística indicam que o desemprego recuou no mês de fevereiro, depois de três meses consecutivos em rota ascendente, tendo-se fixado em 6,8%. Apesar da descida, este valor ainda é superior ao registado há um ano. No segundo mês do ano, a população desempregada encolheu em cadeia para 359,6 mil indivíduos.
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