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Emprego nos EUA leva Europa e Wall Street para o ‘verde’. Reunião da Fed está aí à porta

As principais bolsas europeias e os índices de referência em Nova Iorque registaram subidas significativas a fechar a última semana, animadas pela resiliência superior ao esperado das empresas norte-americanas em contexto de guerra comercial. Seguem-se contas da gigante Palantir e durante a semana à decisão da Reserva Federal sobre os juros.
PSI bolsa de Lisboa mercados
5 Maio 2025, 07h00

Os dados do emprego nos Estados Unidos animaram os mercados, já que mostraram uma resiliência das empresas acima do esperado. Fruto desta situação, os principais índices na Europa e em Wall Street fecharam sexta-feira da semana passada a negociar em alta.

No que diz respeito aos índices de referência do continente europeu, houve subidas de 2,55% na Alemanha, 2,33% em França, 1,96% em Itália, 1,22% no Reino Unido e 1,20% em Espanha. O índice agregado Euro Stoxx 50 adiantou-se 2,39%, ao passo que Euro Stoxx 600 se adiantou 1,69%.

Ainda assim, o sentimento positivo não transpareceu para Lisboa, na medida em que o índice PSI recuou 0,38% na sessão de sexta-feira e ficou-se pelos 6.965 pontos. Em causa esteve, sobretudo, o destacamento de dividendos na EDP. Significa isto que as ações negociadas a partir daquela sessão já não dão direito ao dividendo referente ao exercício de 2024 (equivalente a 20 cêntimos por unidade).

Neste contexto, os títulos caíram 1,62% até aos 3,223 euros, ao passo que a EDP Renováveis recuou 1,21% para 8,16 euros.  Em sentido oposto, a Mota-Engil saltou 6,47% para os 3,718 euros, ao passo que a Semapa registou um incremento de 4,33% até aos 17,20 euros. Mais atrás, o BCP somou 3,48% e alcançou os 0,5834 euros.

Do outro lado do Atlântico, Wall Street acompanhou os ganhos, com o dia a terminar com subidas acima de 1% nos principais índices. O tecnológico Nasdaq, o S&P 500 e o industrial Dow Jones deram o mote para um dia positivo

Na base esteve o ânimo gerado pelos dados do emprego nos EUA, sobretudo porque foram criados, em abril, 177 mil novos postos de trabalho no que diz respeito ao emprego não agrícola. Os números superam largamente as expetativas que existiam nos mercados e entre economistas, ao mesmo tempo que deixam transparecer uma maior resiliência das empresas em reação à guerra de tarifas do que era esperado.

Em simultâneo, o desemprego permaneceu em 4,2% no mês em análise, ao mesmo tempo que o número de trabalhadores nos quadros do Estado diminuiu.

Segunda-feira com poucos dados macro, de olhos postos na Fed

Esta segunda-feira, são poucos os dados económicos que deverão ter grande peso nos mercados. Ainda assim, sobressai o PMI dos Serviços nos EUA em abril.

O destaque da semana, no plano macroeconómico, vai para quarta-feira, quando a Reserva Federal vai tomar uma decisão relativa à política monetária. Recorde-se que os últimos meses deram espaço a um braço de ferro entre o presidente daquele organismo e o presidente do EUA, Donald Trump.

As taxas de juro de referência da Fed rondam os 4,50% e Jerome Powell tem mostrado intenção de manter uma postura severa, nomeadamente em função dos receios de a guerra de tarifas conduzir a um acréscimo da inflação na economia norte-americana. Trump, por seu turno, tem expressado por várias vezes o desejo de ver os juros baixarem e voltou a fazê-lo na sexta-feira, após serem conhecidos os dados do emprego.

Por outro lado, a época de resultados prossegue e, esta segunda-feira, o destaque recai sobre a Palantir. Depois de valorizar quase 7% na sexta-feira, tendo aumentado para 64% o disparo registado desde o início de 2025, a tecnológica apresenta as contas do primeiro trimestre, duas semanas depois de chegar a acordo com a NATO para a venda de um sistema de defesa que funciona com Inteligência Artificial (IA) integrada.

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