[weglot_switcher]

Empresa portuguesa com 90 anos de vida tem projeto para a fileira do hidrogénio

A HyChem, antiga Solvay Portugal, anunciou a construção de uma fábrica de eletrolisadores para a produção de hidrogénio verde em Torres Vedras. Aos 90 anos, conta com capitais exclusivamente portugueses e com um forte pendor na produção e comercialização de uma substância essencial ao sector fortemente exportador da pasta e papel, e hidrogénio.
25 Setembro 2024, 13h06

A HyChem anunciou esta quarta-feira o projeto para a construção de uma fábrica de eletrolisadores para a produção de hidrogénio em Matacães, Torres Vedras.

É uma história industrial com 90 anos, quando foi criada a Soda Póvoa. Mais tarde, tornou-se na filial da empresa belga Solvay. A companhia conta agora com capitais exclusivamente portugueses e produz e comercializa clorato de sódio, substância essencial ao sector fortemente exportador da pasta e papel, e hidrogénio.

Agora, anuncia uma nova fábrica de eletrolisadores para a produção de hidrogénio, “que será construída nos terrenos de Matacães, onde se localiza uma das (duas) concessões de exploração mineira de salgema da HyChem, e deverá estar concluída até final de 2026”, segundo comunicado.

A companhia é detida pela A4F Algae for Future, holding de um grupo empresarial de capital exclusivamente português, desde 2021.

“O parque industrial da Póvoa continuará a ser um fator decisivo para a competitividade da região, capaz de atrair emprego qualificado e novas tecnologias amigas do ambiente”, disse em comunicado o CEO da empresa Manuel Gil Antunes, adiantando que o objetivo é criar nesta localização o “embrião do BioCluster, um conceito revitalizador da economia e da comunidade dos concelhos de Vila Franca de Xira e de Loures, unidos pelo Tejo”.

“Não escondemos a satisfação e o orgulho com que recordamos uma longuíssima jornada de desenvolvimento industrial, em que a empresa teve papel determinante, pois teria terminado de forma inglória em 2019 – por desistência do grupo Solvay, perante as dificuldades de contexto e seguindo a lógica infelizmente tão frequente nas grandes multinacionais – caso não tivéssemos tomado a iniciativa de lhe propor a aquisição da sua empresa. Iniciamos um ciclo comemorativo dos 90 anos porque ousámos projetar um novo futuro para a Solvay Portugal, invertendo a tendência de desinvestimento e descontinuidade a que estava condenada”, acentua.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.