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Empresa portuguesa encontra explosivos da Segunda Guerra Mundial em terreno na Alemanha

Bombas da Segunda Guerra Mundial que não explodiram e rede de túneis subterrâneos foram algumas das peculiaridades encontradas no terreno de futura central solar.
Central solar
22 Abril 2025, 12h12

A EDP Renováveis arrancou com o desenvolvimento da sua segunda central solar na Alemanha. O projeto em Meuselwitz, no estado de Turíngia, vai ter uma potência de 65 MWp, com capacidade para abastecer 22 mil famílias e que conta com um acordo PPA para abastecer a produção de hidrogénio verde da empresa Lhyfe.

Mas o projeto teve uma peculiaridade: o terreno teve de ser limpo de “artefatos não explodidos de antigos bombardeamentos”.

“Antes de iniciar a construção deste projeto, a EDP efetuou uma minuciosa análise do local e descobriu várias munições por explodir (UXO, ou ‘unexploded ordnance’) que remontam à Segunda Guerra Mundial. Durante a preparação do terreno, foram identificados entre seis a dez munições por detonar, algumas com peso entre 100 e 250 quilos. Uma vez detetados, os explosivos foram entregues à polícia local da Turíngia para uma eliminação segura e adequada. A EDP procedeu ao reforço do terreno através do enchimento e compactação das áreas afetadas, de forma a aumentar a estabilidade do sítio”, disse hoje a empresa em comunicado.

Além dos explosivos, também existe uma rede de túneis subterrâneos no local. “Após análises e testes exaustivos, confirmou-se que o projeto poderia prosseguir em segurança por cima destas estruturas. Este processo melhorou a aptidão do terreno para a construção e revitalizou uma área anteriormente considerada inadequada para o desenvolvimento”.

A nova central deverá estar operacional no início de 2026, contando com “105 mil painéis bifaciais, com uma capacidade instalada de 64,6 MWp (47,1 MWac). Uma vez operacional, gerará cerca de 69 GWh de energia limpa por ano – o suficiente para abastecer cerca de 22 mil casas – ao mesmo tempo que ajudará a evitar 48 mil toneladas de emissões de CO₂ por ano”.

Em comunicado, Pedro Vinagre, diretor-executivo da EDP para a Europa do Norte e Central disse: “Temos afirmado que a Alemanha é um dos principais mercados de crescimento para a EDP e estamos a concretizar esta ambição com projetos no terreno. Meuselwitz é um passo importante para continuarmos a apoiar a transição energética do país e temos um pipeline de projetos solares e eólicos que iremos entregar num futuro próximo”.

Esta central surge em colaboração com a Kronos Solar, promotor alemão comprado pela EDP em 2022.  A primeira central alemã da EDP foi a de Ketzin con 87 MWp. “A Alemanha pretende atingir 215 GW de capacidade solar instalada até 2030, como parte dos seus objetivos mais amplos de descarbonização. A EDP está a contribuir para este esforço com um pipeline de mais de 5 GWp de projetos solares de larga escala em várias fases de desenvolvimento, juntamente com iniciativas dedicadas à energia eólica e ao armazenamento até ao final da década. A EDP também instalou dois projetos solares de geração solar distribuída na Alemanha, que deverão estar operacionais em 2025″, disse a EDP em comunicado.

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