A saída de António Costa lançou preocupações quanto ao impacto na economia, sobretudo numa altura em que a proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) ainda não estava aprovada. Apesar de ter sido um documento bastante criticado, a maioria dos empresários e economistas mostram preferência pela dissolução do parlamento após a votação orçamental, lembrando que medidas como o aumento do salário mínimo já estão aprovadas, mas sem as contrapartidas negociadas. Do lado da dívida, o maior risco é mesmo uma recessão.
O OE2024 não foi recebido com otimismo pelos empresários, dada a necessidade de reformas mais ambiciosas que promovessem o investimento e um ambiente de negócios mais favorável, mas a possibilidade de uma gestão por duodécimos seria ainda mais gravosa. Além do acréscimo de incerteza, a inflação registada no último ano obriga a um aumento da despesa que ficaria assim na gaveta, agravando os problemas do país, sobretudo no sector público.
Esta foi a visão predominante entre os representantes dos empresários ouvidos pelo JE. Armindo Monteiro começa por afirmar que a proposta “fica aquém das necessidades do país”, mas prefere a sua aprovação “para que o país não fique parado”. A visão do presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal é secundada por João Vieira Lopes, presidente da CCP – Câmara de Comércio e Serviços de Portugal, que lembra as medidas previstas no acordo assinado entre Governo e patrões que podem ficar na gaveta.
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