O presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) afirma que o novo confinamento provocado pela pandemia da Covid-19 “é uma tragédia para a mediação imobiliária”. Em comunicado emitido esta segunda-feira, 18 de janeiro, Luís Lima defende que “não há nenhum motivo para não permitir que as empresas de mediação imobiliária continuem a fazer o seu trabalho”.
Apesar de assumir que o sector está absolutamente solidário com as ações do Governo para tentar travar a pandemia e da necessidade do novo confinamento face ao aumento do número de contágios, Luís Lima realça que o acesso à habitação também é necessário aos cidadãos e para a sobrevivência do imobiliário.
“O teletrabalho não resolve o nosso problema e não temos ao nosso dispor alternativas como o takeaway. No imobiliário, o negócio é realizado com pessoas e implica visitas a imóveis. Os meios digitais não são suficientes para ultrapassar este obstáculo, pois ninguém compra uma casa sem a visitar presencialmente”, refere o líder da associação, ao mesmo tempo que chama atenção para a importância do sector na recuperação da economia.
“O imobiliário não pode continuar a ser o parente pobre da economia, sobretudo quando tem a relevância a que todos assistimos na anterior crise. Temos que lembrar que foi este sector que alavancou a recuperação económica?”, questiona.
Luís Lima mostra-se preocupado com a sobrevivência das empresas do sector, dado que este novo confinamento tem um impacto pior que o primeiro.
“Se no primeiro confinamento as empresas conseguiram revelar alguma resiliência e ultrapassar o momento, desta vez será muito difícil as imobiliárias conseguirem sobreviver, uma vez que o fundo de maneio existente foi-se esgotando ao longo do ano”, salienta.
A finalizar, o presidente da APEMIP deixa ainda um apelo ao Governo para uma revisão das exceções existentes para o enquadramento das atividades imobiliárias, relembrando que este sector “foi e será uma das principais forças motrizes para a dinamização económica do País” e que o impedimento ao trabalho destes profissionais poderá trazer “consequências terríveis para o sector, para a economia e para o emprego”.
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