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Empresas europeias de transportes apresentam denúncia contra Visa e Mastercard em Bruxelas

A Associação de Empresas de Segurança junta-se à queixa da sua homóloga europeia a ESTA que levou à Comissão Europeia uma queixa contra a Visa e a Mastercard que acusam de promover o contactless invocando riscos de contágio de Covid-19. E defendem a segurança das notas e moedas de euros que pretendem continuar a fornecer a “todas as cadeias de retalho”.
1 Fevereiro 2021, 12h31

A Associação Europeia das Empresas de Segurança e Transportes (ESTA – European Security Transport Association) denunciou à presidente da Comissão Europeia aquilo que entende ser “uma campanha de desinformação levada a cabo pela Visa e MasterCard, com a divulgação de mensagens falsas sobre a Covid-19, para incentivarem o uso de pagamentos eletrónicos sem contacto (contactless)”.

Para justificar esta acusação, a associação das empresas de segurança e transportes apresentou à Presidente da Comissão Europeia documentos nos quais a Visa e a MasterCard sustentam –  que  “usar dinheiro é extremamente arriscado” e “pagamentos contactless limitam a propagação do vírus”.

Para a associação europeia de empresas de gestão de dinheiro “estes argumentos são desprovidos de qualquer demonstração científica”.

A Associação quer alertar a Comissão Europeia para a “campanha de desinformação” dos gigantes dos pagamentos eletrónicos “que promove medo nos cidadãos mediante a divulgação de informações falsas”.

Num pedido de reunião enviado à presidente Ursula Von der Leyen, a ESTA acusa as duas empresas de estarem “despudoradamente interessadas em promover os respetivos negócios enquanto o mundo tenta lutar contra a Covid-19”.

“A AES – Associação das Empresas de Segurança, enquanto representante das principais empresas de gestão e tratamento de numerário em Portugal, revê-se nesta tomada de posição da ESTA porquanto considera que o pagamento sem contacto não implica compras sem contacto, exceto quando verificado em transações online”.

“A alegação é falaciosa e enganosa, pois induz os consumidores a acreditarem que estão protegidos contra a contaminação se pagarem sem contacto, o que não é o caso”, diz a associação portuguesa das empresas de segurança.

As associações invocam que “diferentes autoridades de saúde internacionais e nacionais já asseguraram que a utilização de notas e moedas não acarreta riscos adicionais na propagação do vírus SarsCov-2”.

Citam ainda “o próprio Banco Central Europeu”, que “através da análise regular do numerário em laboratórios, demonstrou que a transmissibilidade do vírus em superfícies plásticas é bastante superior à verificada em notas de algodão”.

Assim, a AES “reforça o que tem vindo a dizer acerca da segurança na utilização do numerário, garantindo que as empresas de transporte de valores tudo farão para reforçar o fornecimento de notas às caixas ATM e responder às solicitações de notas e moedas de euros a todas as cadeias de retalho”.

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