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“Empresas olham mais para o resultado e lucro e descuram a solidez financeira”, diz CEO da Scoring

Carlos Gouveia considera que uma empresa que não gere os resultados não vale a pena ter casas muito bonitas, porque isso não gera rendimentos. Por sua vez, Bernardo Maciel, CEO da Yunit defende que as empresas têm de ter capacidade financeira para não olharem apenas para o dia seguinte.
27 Maio 2025, 15h53

As empresas precisam de ter solidez económica e financeira, mas muitas delas olham somente para os seus lucros e com isso descuram a sua capacidade de investir. O alerta é dado por Carlos Gouveia, CEO da Scoring no painel “Resiliência como chave para o sucesso”, inserido na “Rota do Crescimento”, iniciativa que junta empresários, gestores e especialistas para debater os principais desafios e oportunidades do crescimento empresarial em Portugal, promovida pelo JE e que decorre esta terça-feira em Santarém.

“As empresas olham mais para o seu resultado e lucro e descuram a sua solidez financeira”, referiu, acrescentando que a Scoring desenvolveu um modelo para as empresas serem resilientes e dessa forma possam gerar resultados e ter capacidade para pagar.

“É preciso ter rentabilidade nas vendas, uma empresa que não gere resultados não vale a pena ter casas muita bonitas, porque isso não gera rendimentos”, afirmou.

Por sua vez, Bernardo Maciel, CEO da Yunit, também presente no painel defendeu que as empresas têm de ter capacidade financeira para não olharem apenas para o dia seguinte.

“A primeira coisa que as empresas fazem é arranjar investimento para desenvolver o seu produto”, salientou, destacando que nesse ponto os fundos comunitários “são críticos”.

“Há bastantes entidades a tentar perceber junto das empresas com o qual caminho que estão a traçar e que o dinheiro e o seu investimento tem de ter critério”, sublinhou.

Sobre a região de Santarém, o responsável considera que tal como outras no interior do país, têm o máximo potencial ao nível do apoio dos fundos comunitários.

“Teremos sempre de trazer projetos que tragam inovação para o setor da agricultura, indústria ou serviços”, referiu, realçando que estes setores representam entre 60% a 70% do negócio na região, sendo que no caso da indústria, o peso do emprego é de 25% e de 30% no volume de negócios.

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