Pelo segundo ano consecutivo, várias empresas portuguesas do setor dos recursos minerais e energéticos vão pagar as propinas aos estudantes do 1º ano da licenciatura em Engenharia de Minas e Recursos Energéticos do Instituto Superior Técnico, que ingressem através do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior.
Além dessas, pelo menos 25% das bolsas são pagas para os três anos de curso aos estudantes que entrarem com as médias mais altas no concurso.
A iniciativa insere-se no âmbito do programa Recursos+, uma parceria entre o Instituto Superior Técnico e várias empresas, num contexto de transformações globais, em que os recursos minerais e energéticos assumem um papel central na transição energética.
Estas bolsas são, nas palavras de Maria João Pereira, presidente do Departamento de Engenharia de Recursos Minerais e Energéticos do Técnico “muito mais do que um mecanismo de apoio ao ensino superior. São um sinal claro de confiança no futuro e de visão estratégica para o desenvolvimento do país”.
A professora do Técnico destaca ainda “a valorização concreta de uma área de formação essencial para enfrentar os desafios da sustentabilidade, da inovação tecnológica e da autonomia energética europeia” que este apoio significa.
Durante o curso, os estudantes têm contacto direto com a realidade empresarial: visitas técnicas a operações industriais, seminários com profissionais do setor, estágios de verão e projetos aplicados.
“No mestrado, essa ligação é ainda mais estreita, com estágios curriculares, projetos capstone ou teses realizadas em parceria com empresas, que abordam desafios multidisciplinares e concretos da engenharia atual”, explica Maria João Pereira.
Entre as áreas com maior projeção destacam-se: a exploração de matérias-primas críticas para tecnologias verdes, a engenharia geotécnica e de fundações, a valorização de resíduos minerais, o armazenamento geológico de CO₂ e hidrogénio, a geotermia profunda, e a digitalização da indústria dos recursos minerais e energéticos.
Para os diplomados o mercado de emprego é constituído por empresas industriais e tecnológicas, centros de investigação, organismos públicos e internacionais, ou startups ligadas à transição energética e à sustentabilidade.
“Esta formação de base sólida — com competências em ciências da terra, tecnologias de engenharia, sustentabilidade e sistemas energéticos — confere aos diplomados um perfil técnico versátil e diferenciado”, conclui Maria João Pereira.
Estão disponíveis 20 vagas para Engenharia de Minas e Recursos Energéticos do Técnico.
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