As empresas viram os custos com os salários dos trabalhadores acelerar 7,2% no segundo trimestre do ano, em termos homólogos. Este aumento compara com a subida de 6,6% registada no primeiro trimestre do ano.
Indicam os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) que outros custos também cresceram entre abril e junho deste ano. Assim, custos com impostos e seguros apresentaram um acréscimo de 7,1% no período em análise.
“No segundo trimestre de 2024, o Índice de Custo do Trabalho aumentou 7,2% em relação ao período homólogo de 2023 (tinha aumentado 6,6% no trimestre anterior)”, lê-se no relatório do INE. Também “os custos salariais (por hora efetivamente trabalhada) aumentaram 7,2% (6,6% no trimestre anterior) e os outros custos do trabalho (também por hora efetivamente trabalhada) aumentaram 7,1% (6,6% no trimestre anterior)”.
Mostram os dados do órgão estatístico que os custos salariais cresceram 4,7% na Administração Pública e os 10% na Indústria. “No trimestre anterior, com exceção da Administração Pública, onde o acréscimo tinha sido maior, todas as atividades económicas tinham registado acréscimos menores do que os observados neste trimestre”, aponta o INE.
Já os custos não salariais aumentaram entre os 4,5% da Administração Pública e os 9,9% da Indústria. “À semelhança dos custos salariais, todas as atividades económicas registaram acréscimos inferiores no trimestre precedente, com exceção da Administração Pública, onde o aumento foi maior”.
Sustenta o gabinete estatístico que o acréscimo mais acentuado dos custos salariais e não salariais “ficou a dever-se ao decréscimo do número de horas efetivamente trabalhadas por trabalhador”, sendo que a “desaceleração dos custos na Administração Pública (para 4,7%) foi
acompanhada pelo acréscimo no número de horas efetivamente trabalhadas por trabalhador, de 1,3%”.
Já o acréscimo do índice foi explicado pelo aumento de 6,3% do custo médio por trabalhador e decréscimo de 0,8% no número de horas efetivamente trabalhadas por trabalhador, depois da diminuição de 0,1% no trimestre anterior.
Em comparação com o primeiro trimestre, “o custo médio por trabalhador registou aumentos maiores na Construção (7,2%) e menores na Indústria (6,7%) e na Administração Pública (5,9%). Nos Serviços, a taxa de variação foi igual nos dois trimestres (6,6%)”. Lembra o INE que os acréscimos dos custos médios por trabalhador na Administração Pública têm sido inferiores aos das restantes atividades desde o primeiro trimestre de 2021.
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