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Energia: o que propõem os partidos?

Conheça o programa dos partidos no que diz respeito ao sector energético.
7 Março 2024, 07h30

Partido Socialista (PS)

  • Mobilização, até 2030, de investimento privado de 60 mil milhões de euros: 40 mil milhões de euros na energia offshore, 5 mil milhões de euros em energia solar, até 9 mil milhões de euros em hidrogénio, 4,5 mil milhões de euros em energia eólica e o restante em redes de transporte de energia;

  • Redução do IVA de 23% para 6% nos primeiros 200 kWh de energia elétrica consumida em cada mês ou de 300 kWh mensais, no caso das famílias numerosas;

  • Desenvolver o cluster industrial para o setor da energia eólica offshore, bem como toda a sua cadeia de valor, ambicionando atingir os 10 Gw de energia eólica offshore em Portugal até 2030;

  • Planeamento e concretização de uma rede de carregamento/abastecimento de hidrogénio nas redes transeuropeias e em terminais logísticos;

  • Estabelecer uma estratégia de desenvolvimento sustentável do sector mineiro e da exploração de massas minerais, com respeito pela natureza e as comunidades;

  • Ao nível do lítio, a estratégia promoverá a inovação e o desenvolvimento de uma cadeia de valor das baterias em Portugal, apoiando os projetos que existem em Portugal para fixar novas fábricas de baterias e uma nova refinaria de lítio em Setúbal, garantindo que as refinarias instaladas em Portugal têm opção de compra do lítio explorado em Portugal e visando compensar os territórios com a criação do Fundo dos Recursos Geológicos. Também se propõe tornar Portugal um centro de competência para a reutilização do lítio, posicionando-se na fase de reciclagem das baterias;

  • Criar cerca de 200 mil postos de trabalho – diretos e indiretos – com os investimentos no potencial de energias renováveis até 2030.

    Mais medidas no programa “Plano de Ação para Portugal Inteiro”

Aliança Democrática (AD)

  • Promover a transição para energias renováveis, quer de produção de energia elétrica em terra e mar (offshore), quer de gases renováveis, com vista a cumprir os compromissos internacionais de Portugal e aproveitar os recursos naturais do país, e respeitando os princípios de sustentabilidade ambiental e financeira;

  • Eliminação da dívida tarifária;

  • Promoção de maior concorrência em toda a cadeia de valor do sector, da produção à comercialização e distribuição, deforma a baixar os preços para as famílias e empresas;

  • Expansão das interligações europeias para resolver a Ilha Energética;

  • Promoção, através de fundos europeus, da expansão de infraestruturas de carregamento para veículos elétricos e a hidrogénio nas cidades e criação de uma rede de abastecimento a hidrogénio que permita uma ampla utilização nos transportes de longo curso de passageiros e mercadorias;

  • Promoção do investimento economicamente racional e execução efetiva das redes e infraestruturas de transporte edistribuição de eletricidade e gás necessários às evoluções de oferta e procura;

  • Concretização do processo de atribuição das concessões da distribuição de eletricidade em Baixa Tensão;

  • Promoção da eficiência energética dos edifícios públicos e privados;

  • Apostar na dinamização de projetos de cidades inteligentes, melhorando a respetiva gestão da energia.

    Mais medidas no programa “Mudança Segura”

Chega

  • Reduzir o IVA de 23% para 6% na eletricidade e gás;

  • Reduzir o IVA do gasóleo e da gasolina rodoviária para a taxa intermédia de 13% e eliminar o adicional ao Imposto Sobre Produtos Petrolíferos;

  • Promover auditorias imediatas aos projetos energéticos (eólicos offshore, hidrogénio verde, exploração de lítio);

  • Criação de uma contribuição extraordinária temporária sobre as petrolíferas e distribuidoras, aplicável aos lucros excedentários apurados nos períodos de tributação para efeitos do IRC que se iniciem nos anos de 2024 e 2025, assegurando que a mesma não se reflita no agravamento de preços ao consumidor final;

  • Promover a flexibilidade do sistema elétrico, complementando a produção renovável com a produção nuclear;

  • Implementar corredores de gás natural para ligação com a Europa;

  • Criar grupo de implementação e acompanhamento da Estratégia Nacional para a exploração responsável e transparente de lítio com a participação das autarquias e comunidades locais.

Mais medidas no programa

Iniciativa Liberal (IL) 

  • Reduzir o IVA de 23% para 6% na eletricidade e gás;

  • Desburocratizar investimentos em energias renováveis, baixando custos administrativos e encurtando tempos de licenciamento;

  • Lançamento de leilões tecnologicamente neutros, integrando as energias solar, eólica e todas as soluções de energia não fóssil;

  • Desbloquear licenciamentos do autoconsumo e das comunidades de energia renovável;

  • Construir novas interligações elétricas entre França e a Península Ibérica;

  • Estudar a viabilidade da energia nuclear em Portugal;

  • Acelerar a conversão da iluminação pública para tecnologias LED.

Mais medidas no programa “Por um Portugal com Futuro”

Coligação Democrática Unitária (CDU) – PCP-PEV

  • Redução da taxa de IVA para 6% para eletricidade, gás natural e gás natural liquefeito;

  • Eliminar a dupla tributação do IVA em sede de ISP;

  • Controlo público da EDP, GALP e REN;

  • Revisão dos incentivos, subsídios, subvenções não reembolsáveis e outros apoios às empresas produtoras de eletricidade;

  • Prospeção e cartografia dos recursos da fileira energética e dos recursos minerais estratégicos necessários à transição energética sustentável.

 

Bloco de Esquerda (BE)

  • Reduzir o IVA de 23% para 6% na eletricidade e gás; suspender licenças para mega-centrais solares até que o solar descentralizado corresponda a 50% da capacidade fotovoltaica nacional;

  • Lançamento de concursos regionais para a instalação de sistemas fotovoltaicos em edifícios públicos (investimento de 900 milhões de euros para a redução do consumo de 160 milhões de euros/ano – 25%);

  • Revisão dos regimes remuneratórios e das tarifas de acesso à rede para os diferentes tipos de solar descentralizado, incentivando a adoção de painéis por consumidores particulares e atingir 2 GW até 2030.

  • Fim dos megaprojetos no hidrogénio e no solar fotovoltaico e aposta no solar descentralizado, com incentivos para o sector atingir 3 GW até 2030;

  • Alteração da lei de minas garantindo a proteção ambiental, a participação e escrutínio das populações e eliminação de normas discriminatórias, “para impedir o autêntico regime de via verde para as explorações de lítio”.

     

Livre

  • Redução da taxa de IVA para 6% em todos serviços essenciais de fornecimento de energia;

  • Redução de IVA na aquisição de equipamentos solares;

  • Proceder a uma reforma fiscal ambiental, através da criação de uma taxa universal sobre o carbono;

  • Avaliação dos impactos ambientais da 1.ª fase de construção de eólicas offshore, fazendo depender a instalação de eólicas offshore nas fases posteriores da verificação de um baixo nível de impacto ambiental das conclusões da 1ª fase;

  • Não permitir em Portugal a exploração de combustíveis fósseis e hidrocarbonetos e a utilização de técnicas como a exploração de gás de xisto através da fratura hidráulica;

  • Estudar a aposta no biometano e no hidrogénio verde, investindo na pesquisa e desenvolvimento, bem como na concretização de projetos de produção e distribuição através de rede nacional, e na eventual criação de uma empresa pública – Hidrogénio de Portugal;

  • Rejeitar a mineração a céu aberto sempre que a natureza do depósito mineral e a viabilidade económica o permitam, privilegiando os modos de extração mais seguros, como por exemplo mineração em galeria ou recorrendo a robótica.

 

PAN

  • Garantia de neutralidade climática em 2045 e que até 2035 toda a eletricidade provenha de fontes de energia renovável;

  • Concentração dos apoios públicos ao investimento em projetos que estejam direcionados para a descarbonização, à mitigação e adaptação às alterações climáticas e acelerem a digitalização da economia;

  • Redução para 6% o IVA dos kits de autoconsumo para fins habitacionais;

  • Início de funções do Conselho para a Ação Climática nos primeiros 100 dias da legislatura;

  • Criação de mecanismos de transparência na execução do Plano Nacional do Hidrogénio;

  • Eliminação de todos os subsídios e apoios públicos aos combustíveis fósseis, canalizando os apoios para a produçãode energias renováveis;

  • Impedimento da instalação, em áreas protegidas ou que constituam habitats de espécies protegidas, de centrais fotovoltaicas e outras fontes de energias renováveis, bem como exploração de combustíveis fósseis e exploração mineira.

Mais medidas no programa “Avançamos, pelas causas”
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