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Energias renováveis perto de recorde com 46 anos com solar a bater máximos

Consumo de gás natural caiu para o valor mais baixo desde 2004, com a produção de energia hídrica, eólica e solar a ficarem acima das médias históricas.
FILE PHOTO: View of a hybrid power park with solar panels and wind turbines in Sabugal, Portugal, January 12, 2023. REUTERS/Pedro Nunes
2 Maio 2024, 15h53

As energias renováveis em Portugal aproximaram-se de um recorde com 46 anos. Foi em maio de 1978 que as renováveis pesaram 95,4% no abastecimento do consumo de eletricidade em Portugal; em abril deste ano, as energias verdes pesaram 94,5% no consumo.

Abril foi o quarto mês consecutivo este ano com valores acima dos 80%: janeiro (81%), fevereiro (88%), março (91%) e abril (94,5%), segundo os dados divulgados hoje pela REN, apontando que o consumo cresceu 3,4% em abril, mais 0,2% face a março.

Em agregado, a produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos quatro primeiros meses do ano: hidroelétrica  (48%), eólica (30%) fotovoltaica (7%) e biomassa (6%).

Já a produção a gás natural abasteceu 9% do consumo, com o saldo de trocas com Espanha a ser praticamente nulo.

Os índices de produtibilidade em abril ficaram todos acima da média histórica: hidroelétrico (1,49), eólico (1,08) e o solar (1,01).

O solar “continua a crescer significativamente”, com pontas já acima de 2.100 MW, tendo atingido em abril o “peso mensal mais elevado de sempre”, correspondendo a 10,5% do consumo, segundo a REN.

O consumo de gás natural para produção de eletricidade afundou 86%, “condicionado pela elevada disponibilidade de energia renovável”. Já  este mantém uma tendência de redução do consumo, com uma queda mensal homóloga de 86%. Já no segmento convencional foi registada uma subida de 5%, com o abastecimento do sistema nacional a ser “efetuado quase integralmente a partir do terminal de GNL de Sines”, isto é, sem gás a chegar via pipelines com Espanha.

O consumo anual de gás caiu 12% até abril, no consumo mais baixo desde 2004, com o segmento de produção de energia elétrica a afundar 50% e o segmento convencional a crescer 5,6%. 

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