O sucesso de João Félix não é tema de conversa só em Lisboa e Madrid. O jogador, oriundo de Viseu, conseguiu convencer também a publicação norte-americana New York Times, que descreve o percurso de Félix em menos de um ano: da estreia nos seniores do Benfica ao topo do futebol mundial: “Félix era um jogador de amor à primeira vista”.
Numa edição publicada esta quinta-feira, o jornal traça um perfil do jovem avançado contratado pelo Atlético de Madrid. “João Félix não precisava fazer nada de especial para convencer as pessoas. Não houve um momento de génio da lâmpada que convenceu os seus treinadores no Benfica de que estava destinado à grandeza, não houve nenhuma performance heróica que o marcou pelo estrelato. Mesmo na adolescência – com o aparelho preso aos dentes, o cabelo a varrer os olhos e os ombros leves – Félix era um jogador de amor à primeira vista”, escreve o jornal a abrir o texto.
O jornal norte-americano explica ainda a razão para a rápida adaptação do jovem extremo/avançado ao Atlético Madrid e a mudança de paradigma na saída dos jovens talentos de Portugal.
“Nove meses depois, é uma superestrela, tão jovem que esperam que carregue um dos maiores clubes do mundo em duas das maiores competições, ao mesmo tempo que os pais fazem turnos de seis meses a viver com ele na cidade de Madrid. É isto que é diferente na história de Félix: não os factos, mas o contexto. Antes, ele talvez tivesse tido mais tempo para se desenvolver nas águas relativamente calmas em Portugal, saindo depois de um par de temporadas como titular da primeira equipa”, pode ainda ler-se.
A publicação norte-americana, que falou com vários elementos com ligação ao Benfica para conhecer melhor Félix enquanto jogador e pessoa, recorda o dérbi da última temporada com o Sporting em Alvalade e uma brincadeira de um antigo dirigente dos encarnados, apercebendo-se da presença de Cristiano Ronaldo num camarote. “O melhor jogador português esteve no estádio e foi bom o Ronaldo ter aparecido para ver”, referiu. Comparações à parte, torna-se claro para o jornal que a ascensão do “rapaz de 120 milhões de euros” é demasiado rápida para passar ao lado de quem quer que seja.
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